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O seminário - Mineração na Amazônia: Estado, trabalho e Sociedade na Cadeia produtiva do aço

  • Publicado: Terça, 16 de Junho de 2015, 11h35
  • Última atualização em Quinta, 04 de Agosto de 2016, 11h59
  • Acessos: 2796

O seminário - Mineração na Amazônia: Estado, trabalho e Sociedade na Cadeia produtiva do aço – realizado na UNESP-Araraquara nos dias 09 a 11 de junhode 2015, cumpriu plenamente as expectativas de sua proposta. Debatemos e estreitamos relações entre grupos de pesquisa situados nas duas instituições (UNIFESSPA e UNESP), bem como na Universid Nacional de La Plata (Buenos Aires), em busca de alternativas para a construção de projetos comuns que pesquisem com rigor acadêmico e que debatam criticamente os processos de expansão do capitalismo, bem como seus efeitos sobre a classe trabalhadora e outros setores desprotegidos da sociedade.

A mesa composta pelo Prof. Maurilio de Abreu Monteiro (UNIFESSPA) e Raimundo Gomes da Cruz Neto (CEPASP-Marabá), ancorou os debates que se sucederam tendo como base uma consistente análise epistemológica e profunda descrição da realidade que cerca a expansão do capitalismo no sudeste paraense e os impactos desastrosos sobre os trabalhadores, comunidades indígenas, camponesas e ribeirinhas..

Giovanni Alves (UNESP-Marília) e Mariano Féliz (Universidad Nacional de La Plata) nos indicaram as diretrizes para as ações contemporâneas e similares do Estado nos dois países (Brasil e Argentina) que aplicam o neoliberal-desenvolvimentismo, indicando que ainda poderão se aprofundar as desigualdades acumuladas ao longo da história do desenvolvimento capitalista, bem como os graves impactos ambientais que este provoca.

Plinio de Arruda Sampaio Jr. (UNICAMP), nos trouxe uma análise de conjuntura com base teórica consistente e dados empíricos que atestam as determinações sociopolíticas que emanam dos grandes centros da economia mundial e interpelam as políticas de Estado dos países periféricos e dependentes, causando a precarização da existência de suas populações

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Maria Raimunda César (MST-Marabá) nos trouxe uma vibrante exposição da realidade camponesa imersa nos históricos e mundialmente conhecidos conflitos e assassinatos de camponeses que ocorrem na disputa desigual por terras no sudeste paraense.

Não menos importantes foram as participações dos que alimentaram as discussões com profunda qualidade acadêmica dos trabalhos apresentados. Os da Profa. Simone Contente, Prof. Cloves Barbosa, Joyce Ikeda e Fabiano Rodrigues, de Marabá trouxeram dados teóricos e empíricos sobre a realidade amazônica na região de onde partimos para debater nossa realidade desigual e conflitante. De pesquisadores acadêmicos da UNESP destacamos o trabalho apresentado por Alessandro Rodrigues Chaves, que nos traz um belo esforço de sistematização do pensamento teórico e metodológico para a compreensão do assim chamado,neodesenvolvimentismo brasileiro. Camilla Massaro trata sobre os efeitos das desigualdades provocadas pelo neodesenvolvimentismo dependente, tendo como elemento pesquisa rigorosa que realizou a partir do trabalho precarizado de mulheres encarceradas em presídios de São Paulo para empresas conveniadas com o Estado.

Como expectativa futura, esperamos concretizar um projeto conjunto, de cooperação internacional, para aprofundarmos ainda mais os temas de ensino, pesquisa e extensão que aproximam nossas preocupações acadêmicas e de intervenção na realidade.

Agradecemos a uma plenária composta por estudantes e professores atentos, cujas intervenções acaloraram e qualificaram os debates propostos.//

 

Celia Regina Congilio

UNIFESSPA/ICH/PDTSA.

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