Desenvolvimento da Pós-Graduação: Com projeto aprovado pela Fapespa, Unifesspa tem novas bolsas de mestrado e pós-doutorado
A Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) teve mais um projeto de fomento aprovado pela Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa). Trata-se do “Programa de Desenvolvimento da Pós-Graduação (PDPG) - Parcerias Estratégicas nos Estados III". A iniciativa será implantada na área da bioeconomia e biotecnologia com duas bolsas de Mestrado a serem implementadas em abril de 2023 e uma de pós-doutorado a ser implementada em abril de 2024. Além disso, também foi aprovado um custeio no valor R$ 150 mil para o projeto.
O Programa PDPG – Parcerias Estratégicas nos Estados III possui como missão fundamental contribuir para a redução das desigualdades regionais identificadas no Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG). O objetivo principal é apoiar projetos voltados à manutenção da qualidade ou ao fortalecimento dos Programas de Pós-Graduação (PPGs) stricto sensu acadêmicos.
Essa parceria surgiu quando houve o lançamento do Edital Capes 38/2022 - PDPG III. A diretoria científica da Fapespa convidou a Pró-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação Tecnológica (Propit) para uma reunião em conjunto com outras instituições do Pará. Após o encontro, a Propit submeteu uma proposta para o programa na área de Bioeconomia e assim, a Unifesspa foi contemplada com as bolsas e recursos para custeio.
O Programa de Pós-graduação em Química (PGG) da Unifesspa está inserido nesta iniciativa, que prevê estudos sobre bioeconomia e biotecnologia. O programa desenvolve uma série de pesquisas que visam o estudo da biodiversidade Amazônica, com foco em produzir materiais que possam ser usados pela população. Atualmente, conta com linhas de pesquisas em consonância com as linhas estratégicas do governo do Estado. Desenvolve projetos como o estudo químico, isolamento e identificação de metabólitos secundários biologicamente ativos de plantas e microrganismos, oriundos principalmente do ambiente Amazônico, e estudo da atividade biológica de extratos e substâncias isoladas.
Além disso, versa também na utilização de sistemas biológicos, organismos vivos ou derivados desses com potencial biotecnológico, para a produção de biosurfactantes, biocombustíveis e reaproveitamento da biomassa vegetal disponível no ambiente amazônico, bem como busca aprimorar ou desenvolver procedimentos e dispositivos de análise química e/ou biológica para potenciais contaminantes e poluentes emergentes do Bioma Amazônico
Parceria com a Fapespa – Segundo a Pró-Reitora de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação Tecnológica (Propit) Gilmara Feio, atualmente a Fapespa é a principal fomentadora de recursos para pesquisas da Unifesspa e vem desenvolvendo um trabalho importante no estado do Pará, que é fomentar as pesquisas na região e garantir que haja continuidade dos trabalhos em desenvolvimento.
Gilmara falou sobre os resultados obtidos. “Essa parceria já resultou em bons frutos, como a participação de nossos pesquisadores na chamada Amazônia +10 e chamadas colaborativas Fapespa/Fapesp, que focam em uma nova Bioeconomia da floresta Amazônia com biofábricas distribuídas no território rural e urbano e alta agregação de valor local”, relatou a pró-reitora.
Ainda segundo a pró-reitora, o apoio para concessão de bolsas de Iniciação Científica e Desenvolvimento Tecnológico, além das bolsas de mestrado e pós-doutorado tem ajudado a diminuir a evasão nos programas de mestrado, mas principalmente tem permitido incentivo a jovens profissionais a dar continuidade aos seus estudos por meio da qualificação e aos programas de pós- a continuidade e o fortalecimento das pesquisas científicas na região de influência da Unifesspa.
“Para a Unifesspa o recurso é fundamental para fomentar pesquisas, principalmente aquelas que utilizam consumíveis, como reagentes de laboratórios. Atualmente, o orçamento institucional da Unifesspa é insuficiente para financiamento de pesquisas de grande impacto, devido a vários cortes que foram feitos nos últimos anos. Por isso, ter esse aporte é um alívio em saber que pesquisas importantes na área de química serão realizadas e que vão ser usadas para melhoria da qualidade de vida das pessoas, sobretudo da nossa região”, finaliza.
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