Ir direto para menu de acessibilidade.

GTranslate

pten

Opções de acessibilidade

Início do conteúdo da página
Últimas notícias

Cine Club: Curso de Jornalismo vai debater racismo com filme “Histórias Cruzadas”

  • Publicado: Terça, 13 de Novembro de 2018, 14h23
  • Última atualização em Terça, 13 de Novembro de 2018, 14h25
  • Acessos: 4930

historias cruzadas 2011O Cineclube é uma atividade vinculada ao projeto de Extensão “Agência Experimental de Jornalismo” do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas da Unifesspa. O evento será realizado no Miniauditório – localizado no 2º andar do campus de Rondon do Pará, nesta quarta-feira (14/11), das 18h às 21h30.

O filme a ser exibido no CineClub é “Histórias Cruzadas" (2012). A exibição e posterior debate marca o início do ciclo de exibições do CineClube da Agência. As inscrições podem ser feitas no dia e local do evento e até o horário de início da exibição.

Na sequência do filme, os convidados Lívia Barroso, jornalista e historiadora, e Ricardo Tavares D'Almeida, documentarista, comentam e dialogam sobre a temática do filme e traçam um paralelo com a celebração do Dia da Consciência Negra no País – comemorado no país no próximo dia 20 de novembro.

Sinopse do filme: "Nos anos 60, no Mississippi, Skeeter é uma garota da sociedade que retorna determinada a se tornar escritora. Ela começa a entrevistar as mulheres negras da cidade, que deixaram suas vidas para trabalhar na criação dos filhos da elite branca, da qual a própria Skeeter faz parte. Aibileen Clark, a empregada da melhor amiga de Skeeter, é a primeira a conceder uma entrevista. Apesar das críticas, Skeeter e Aibileen continuam trabalhando juntas e, aos poucos, conseguem novas adesões".

Baseado no livro “A Resposta”, publicado aqui no brasil pela editora Bertrand Brasil, o filme narra a produção de uma obra pelo ponto de vista das empregadas domésticas do anos 60. Essas figuras, sempre negras de baixa renda e moradoras de subúrbio, sofriam ainda mais discriminação que os demais afrodescendentes da cidade. Não só haviam regras quanto brancos falarem com negros, mas também como a utilização de transportes públicos e ocupação de demais lugares. Com as domésticas, a discriminação não se encontrava somente na rua, mas também em seu trabalho. Elas mantinham as casas dessas mulheres brancas, limpas, seguras e fartas em comida, além de cuidar de suas crianças – isso enquanto tinham várias em casa precisando também de cuidado (além de todo o serviço que já fizeram no trabalho precisando também ser feito em seus lares). Nas moradas que cuidavam, eram vistas sempre como inferiores e ignorantes. Não havia uma relação que não fosse trabalhista e não envolvesse ordens entre as patroas e suas empregadas. No filme, há um momento no qual uma das personagens levanta a ideia de promover uma lei para proibir que elas utilizem o mesmo banheiro dos demais membros da casa. Segunda ela, as empregadas possuem germes e outros malefícios que não podem ser compartilhados pelo uso do mesmo sanitário. Isso além de outros absurdos particulares que podem ser vistos ao longo do filme.

É um filme que comove facilmente e revolta os espectadores com as personagens racistas e a discriminação das empregadas. As pessoas riem também bastante com várias ironias soltas em diversas cenas da trama e torcem quando veem algum personagem cruel receber o que merece. 

Histórias Cruzadas é um filme para chorar, torcer, rir e vibrar junto com os personagens. Altamente comovente e cativante, nos faz refletir sobre injustiças e a procurar saídas para os mais sombrios problemas. Vale a pena assistir!

Direção: Tate Taylor. Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante para Octavia Spencer (2012)."

Fim do conteúdo da página