Ir direto para menu de acessibilidade.

GTranslate

pten

Opções de acessibilidade

Início do conteúdo da página
Últimas notícias

Práticas de resistência e movimentos sociais levam calouros a refletir quanto à educação popular na região

  • Publicado: Quarta, 13 de Julho de 2022, 19h43
  • Última atualização em Quinta, 14 de Julho de 2022, 10h30
  • Acessos: 600

mesa movimentos sociais calouradaComo parte do terceiro dia de programação da Calourada 2022, o tema da vez foi educação, práticas de resistência e movimentos sociais no sul e sudeste do Pará para aqueles que estão entrando na universidade. O encontro contou com a participação do educador popular Pablo Neri, integrante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), e Cristiano Medina, coordenador do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).

Com ênfase na reflexão sobre as práticas educativas populares, o educador destacou que há uma negligência do estado brasileiro na educação, principalmente com relação a educação de qualidade para as escolas do campo, além das dificuldades existentes para os trabalhadores e trabalhadoras rurais terem acesso à educação. Nesse sentido, essa carência é um dos motivos que direcionam a luta do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).

O educador popular relembra aos calouros, ainda, que a primeira vez que os agricultores e as agricultoras entraram na universidade para estudar não foi para cursos de graduação, mas sim para serem alfabetizados. Isto ocorreu nos primeiros contatos com a universidade na região, ainda no antigo campus da UFPA Marabá, atual Unifesspa.

Dessa forma, a alternância pedagógica é uma das práticas educativas que o movimento defende para que exista um ensino-aprendizagem eficaz. O educador popular destaca para os calouros a importância do acervo presente na biblioteca da Unifesspa, onde existe um material produzido pelos alunos da turma de Pedagogia da terra e turma de Letras, que produziram monografias e materiais pedagógicos feitos através da compreensão de resgate da memória e da cultura dos povos da região.

A luta dos atingidos por barragens é pela garantia dos seus direitos que foram violados na época das construções das barragens que geraram prejuízos às comunidades que estavam presentes nos locais em que as barragens foram construídas e que, consequentemente, foram diretamente afetadas.

O coordenador do Movimento dos atingidos por barragens, Cristiano Medina, fez um apanhado histórico da região, destacando o papel das instituições educativas na pós-guerrilha para formar as bases do movimento, as primeiras lutas sindicais na região e as preocupações sobre os processos de formação educacional.

Cristiano Medina frisou, ainda, a importância do acervo da Federação dos Trabalhadores Rurais, Agricultoras e Agricultores (FETAGRI) como prática de resistência educacional na região e reafirma a importância da pedagogia da alternância, detalhada por Pablo Neri na fala anterior. Nesse sentido, Cristiano relembra lutas que existiram para que a Unifesspa nascesse, a qual foi uma conquista histórica depois de muita luta no antigo campus da UFPA. Medina finalizou ressaltando a necessidade da luta para que haja a efetivação de uma educação de qualidade. 

Fim do conteúdo da página