Assédio moral é debatido entre servidores e alunos do campus de Rondon do Pará
A Divisão de Saúde e Qualidade de Vida (DSQV) participou, nesta sexta-feira (28), de mais uma importante ação de combate ao assédio moral e sexual na Unifesspa. A psicóloga Poliana Ferreira levou informações e reflexões urgentes sobre esse tema aos professores, técnicos administrativos, alunos e terceirizados que compõem a comunidade acadêmica do Campus de Rondon do Pará.
Durante a palestra, Poliana Ferreira apresentou conceitos de assédio moral e sexual, relatou um conjunto de situações que podem ser consideradas assédio no ambiente laboral e destacou o impacto desses atos repetitivos sobre a saúde física e mental do servidor.
De acordo com a psicóloga, mulheres, estagiários e pessoas com algum tipo de deficiência ou adoecimentos são os principais alvos de assédio dentro do serviço público. Dentre os fatores apresentados que contribuem para a alta incidência dessa prática nos ambientes públicos estão a estabilidade, altas burocracias e competitividade e regulamentação insuficiente. Alterações no sono, irritabilidade, dificuldades nos relacionamentos, estresse, síndrome do pânico e depressão são algumas das possíveis consequências para a vítima de assédio.
“É fundamental falarmos sobre esse tema para que possamos reconhecer se estamos sofrendo assédio ou até mesmo se estamos praticando o assédio, o que é fundamental para uma mudança de comportamento. Esta ação do Instituto de reunir a comunidade para discutir esse tema é muito valiosa e esperamos que a gente possa ter saído daqui mais informados e preparados para identificar as condutas de assédio”, acrescentou.
Ao final da palestra, Poliana Ferreira apresentou alguns caminhos que podem ajudar no enfrentamento ao assédio moral. Segundo ela, não silenciar é o primeiro passo para combater o problema. “Resistir. Dizer claramente Não ao assediador, romper com o silêncio, buscar apoio dos colegas, do sindicato, dos familiares e amigos são algumas atitudes importantes diante das condutas de assédio”, concluiu.
O evento realizado de forma remota pelo Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA) contou, ainda, com a equipe multiprofissional do Departamento de Apoio Psicopedagógico (Dapsi/Unifesspa), que ofereceu importantes orientações sobre o assédio no âmbito acadêmico e os cuidados em saúde mental aos estudantes.
O diretor do ICSA, Jax Pinto, agradeceu as relevantes contribuições das duas unidades administrativas convidadas (Dapsi e DSQV) e destacou a importância de continuar discutindo o tema no ambiente acadêmico. “O assédio está na ordem do dia. Infelizmente, temos acompanhado discussões acerca desse tema diariamente na mídia. Essa atividade é mais uma oportunidade pra que a gente possa estar atento a essas questões e que possamos, cada vez mais, enfrentar essas situações, superando qualquer eventualidade que venha a ocorrer no âmbito da nossa instituição”, afirmou.
Mas o que é assédio moral e sexual?
Define-se assédio Moral como a exposição dos trabalhadores a situações humilhantes, constrangedoras, de forma repetitiva e prologada no tempo, no exercício de suas funções. Toda e qualquer conduta abusiva manifestando-se por comportamentos, palavras, gestos, atos, escritos, que possam trazer dados à personalidade ou à integridade física ou psíquica de uma pessoa, por em perigo o seu emprego, ou degradar o ambiente de trabalho.
Já o assédio sexual no ambiente de trabalho é definido como uma conduta de natureza sexual, manifestada fisicamente, por palavras, gestos ou outros meios, propostas ou impostas a pessoas contra sua vontade, causando-lhe constrangimento e violando a liberdade sexual do trabalhador.
Para mais informações sobre como agir em caso de assédio moral ou sexual, acesse a cartilha “Assédio Moral e Sexual: Prevenção e Enfrentamento”, elaborada pela Unifesspa.
Link da cartilha
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