Após experiência piloto e avaliação positiva da comunidade, Unifesspa decide implantar teletrabalho para servidores
Na manhã desta quinta-feira (1), em Marabá, foi apresentado à comunidade o relatório avaliativo do Plano Piloto do Programa de Gestão de Desempenho da Unifesspa. Na ocasião, membros da Administração Superior, técnicos, docentes e estudantes tiveram acesso aos resultados da experiência inédita de teletrabalho na Instituição que, nesta primeira fase, durou dois meses: de dezembro de 2022 e fevereiro de 2023. O evento teve transmissão pela internet para os campi fora de sede.
Inicialmente, a Diretora de Desenvolvimento e Desempenho da Progep, Marianne Faulstich, explicou as fundamentações legais que dão base ao Programa. Marianne destacou que participaram da fase piloto sete unidades: Gabinete da Reitoria, Pró-Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas (Progep), Pró-Reitoria de Administração (Proad), Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional (Seplan), Procuradoria, o Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação (CTIC) e Instituto de Geociências e Engenharias (IGE).
Após o período de atividades dos servidores de forma híbrida ou integral no teletrabalho, foram aplicados questionários eletrônicos específicos para cada segmento do corpo social da universidade no intuito de avaliar o funcionamento da modalidade. De posse desses dados, a comissão que acompanha a implantação do PGD na Unifesspa elaborou o relatório que foi apresentado à comunidade.
Presente na reunião, o reitor Francisco Ribeiro falou que o PGD tem sido objeto de intenso debate entre os reitores das diversas universidades do país. Segundo ele, essa experiência piloto na Unifesspa foi fundamental para dirimir dúvidas. Ribeiro parabenizou à Progep, chefias e servidores por apoiarem o projeto. “Pudemos conhecer, de fato, esta modalidade de trabalho, desde suas implicações aos seus ganhos, buscando conciliar o interesse institucional com os objetivos pessoais dos servidores, o que é uma preocupação desta gestão”, disse.
Já a vice-reitora, profa. Lucélia Cavalcante, salientou a importância de se apropriar e conhecer a fundo a proposição de uma nova política pública. Ela lembrou, ainda, que o processo de implantação do teletrabalho na Unifesspa buscou, desde a etapa inicial, promover debates e formações junto à comunidade capazes de democratizar ao máximo o acesso às informações.
Ainda durante a reunião, o reitor anunciou que, com base nas informações predominante positivas apresentadas pelo relatório e considerando o plano de ações para resolução das questões levantadas, a gestão da Unifesspa decidiu conjuntamente que a Instituição irá aderir ao teletrabalho. Para isso, deve aguardar a publicação da nova normativa por parte do Governo Federal, prevista para primeira quinzena de junho, para assim iniciar a elaboração da resolução interna que irá disciplinar as normas na Instituição.
Por fim, a pro-reitora de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas (Progep), profa. Juliana de Sales, tirou dúvidas dos participantes quanto a questões do funcionamento do PGD. Ela afirmou, também, que novas capacitações sobre o assunto deverão ocorrer durante a implementação do programa e convidou a participação de todos na construção da minuta do documento.
Para o servidor Phelipe Cruz, participar do projeto piloto do PGD foi uma boa oportunidade para provar que os técnicos administrativos têm grande capacidade de exercer suas funções remotamente, assim como foi feito durante a pandemia de COVID-19. “Agora, o PGD definitivo atenderá bem aos pedidos da categoria, pois os participantes poderão estar onde terão maior qualidade de vida e exercerão suas funções com mais satisfação. A Unifesspa merece o melhor da sua comunidade. Sabemos que dificuldades virão, mas as conquistas também”, pontua.
RESULTADOS - De acordo com a avaliação da comunidade, foi possível aferir que seis dos oito objetivos estabelecidos no PGD foram atendidos: promover a gestão da produtividade e da qualidade das entregas dos participantes; atrair e manter novos talentos; contribuir para a motivação e o comprometimento dos participantes com os objetivos da Instituição; estimular o desenvolvimento do trabalho criativo, da inovação e da cultura de governo digital; melhorar a qualidade de vida dos participantes; e promover a cultura orientada a resultados, com foco no incremento da eficiência e da efetividade dos serviços prestados à sociedade.
A percepção positiva dos usuários dos serviços teve mais de 70% de satisfação, com avaliações boas ou ótimas quanto a experiência do atendimento durante o piloto. Do outro lado, entre as principais queixas da comunidade, está a insuficiência de servidores e a pessoalização das tarefas e dificuldades quanto ao acesso às informações de contato dos servidores.
98% dos servidores participantes consideraram que a experiência no Projeto Piloto PGD atendeu suas expectativas quanto à sua qualidade de vida, 86% assinalaram que a divisão entre carga horária presencial e remota adequada e mais de 90% deles disseram que houve melhoria tanto em qualidade de vida quanto em saúde mental com o PGD.
Quanto à percepção das chefias, o relatório aponta que a experiência do teletrabalho foi exitosa e não houve nenhum prejuízo ao regular funcionamento da Unidade. De um modo geral, o desempenho dos servidores foi satisfatório, houve cumprimento do pactuado em relação ao cronograma de comparecimento presencial e também em relação às metas e entregas estabelecidas. Foi possível observar, ainda, elevada satisfação nos servidores aderentes ao PGD em relação ao modelo de trabalho adotado, ainda que tenha sido experimental.
Apesar disto, o piloto do PGD permitiu identificar algumas dificuldades quanto novo modelo de gestão, como: necessidade de um melhor gerenciamento dos recursos, para garantir economicidade; melhorar, padronizar e cobrar a disponibilização das informações para contato e agenda do(a) servidor(a), bem como sua escala de trabalho; melhorar a participação dos(as) servidores(as) na elaboração dos planos de trabalho.
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