Ir direto para menu de acessibilidade.

GTranslate

pten

Opções de acessibilidade

Início do conteúdo da página
Últimas notícias

Unifesspa integra Rede de Bioeconomia criada pela Fapespa em parceria com universidades do Pará

  • Publicado: Quarta, 27 de Novembro de 2024, 15h41
  • Última atualização em Quarta, 27 de Novembro de 2024, 15h44
  • Acessos: 97

21353 b4128fab ea0d 78f4 d004 27c369bafa36Foi criada a nova “Rede Pará de Estudos sobre Contas Regionais e Bioeconomia” que realizará estudos sobre a bioeconomia e o desenvolvimento socioeconômico, inclusivo e sustentável do Estado e de suas regiões. A assinatura do Termo de Cooperação Técnica (TCT) ocorreu nesta quarta-feira, 27, na Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), idealizadora do projeto. 

São parceiras do projeto a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) e da Universidade Federal do Pará (UFPA).

A Rede objetiva construir um arcabouço de informações para cooperação entre pesquisadoras/es de instituições, a fim de estimular a bioeconomia do Pará, a partir de metodologias consolidadas pela Organização das Nações Unidas (ONU) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para tanto, a nova Rede estabelece ações conjuntas que compreendem a magnitude da bioeconomia que o bioma Amazônico produz, por meio da elaboração de metodologias  qualificadas, estimando valores que considerem as características da biodiversidade do bioma, a fim de identificar e mensurar as cadeias existentes no Estado.

“Este estudo, iniciado em parceria com três das quatro universidades federais do Pará, é essencial para o monitoramento e avaliação dos impactos das iniciativas do governo estadual na promoção da bioeconomia. Ele permitirá entender como essas ações estão influenciando os diferentes setores da economia paraense, considerando a diversidade econômica e regional do Estado. Começamos com estudos regionais em Marabá há alguns anos, mas agora damos um passo significativo com uma rede que abrange todo o Pará. Isso possibilitará consolidar indicadores e dados em uma única plataforma, respeitando as diferenças econômicas entre regiões como Santarém, Marabá e Belém”,  destacou durante a assinatura do Termo o presidente da Fapespa, Marcel Botelho.

COP 30 - Como o debate sobre emergência climática e as questões ambientais assumiram a centralidade das discussões sobre o ‘pensar o futuro’, em particular no âmbito da Amazônia, identificar a estrutura econômica, a partir de aspectos da bioeconomia torna-se fundamental, com destaque às suas manifestações na Amazônia que serão amplamente exploradas e debatidas durante a COP 30, a ocorrer em Belém em 2025.

21353 2f36119c 6b40 db63 bcc2 5341205f0cd4Pioneira, a "Rede Pará" tem um grande potencial para o aprimoramento de políticas públicas, podendo indicar quais atividades convivem bem com o bioma, fortalecendo-as com incentivos. Também pode colaborar com o setor privado, destacando a viabilidade econômica de iniciativas não tão conhecidas. O projeto alinha-se, ainda, ao interesse global no combate às emergências climáticas e às agendas construídas a partir da COP 30, a conferência mundial sobre mudanças climáticas, em Belém.

Cooperação - A cooperação entre Fapespa e as Universidades estabelece programas de cooperação técnica em ensino, pesquisa e extensão, em áreas de mútuo interesse, incluindo compartilhamento de dados e informações, desenvolvimento de projetos, estudos, pareceres técnicos, relatórios, boletins e outros materiais (impressos e digitais), de forma integrada e de acordo com a natureza e os objetivos formais das instituições. Prevê, ainda, a realização de eventos em conjunto, visando produzir e dar publicidade às informações e aos conteúdos construídos por meio do Termo, para gestores públicos, empreendedores da região e toda a sociedade.

“A nossa compreensão de bionomia é justamente a economia da sociobiodiversidade. É a economia que convive bem com a floresta e que estimula a floresta em pé porque é assim que ela é mais rentável. Portanto, além de aplicar metodologias consolidadas, o grupo de pesquisadores irá propor técnicas inovadoras para identificar parcelas não visíveis da bioeconomia, ampliando a compreensão do setor e destacando sua complexidade e potencial”, disse durante a assinatura do Termo, o representante da Unifespa, Gilliad Silva, doutor em Economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), vice-diretor de Economia e professor do mestrado em Planejamento da Unifesspa, e coordenador do Laboratório de Contas Regionais da Amazônia (Lacam).

O professor detalha que a bioeconomia é a agregação de atividades econômicas, agentes e sujeitos sociais, cujos insumos são oriundos de atividades econômicas/agentes/sujeitos sociais que convivem bem com o bioma, assim como seus produtos/serviços. Não basta ser do chamado setor primário, mas tem que pertencer a uma atividade econômica que não dependa da destruição do bioma para seu funcionamento. Outra característica é produzir agregações e estimativas desta dimensão da economia a partir de metodologias consolidadas, em nível nacional, via IBGE, 21353 db148ca5 c8a1 a0df 6fc8 ee3b15122d45e nível global, via ONU. Portanto, as informações produzidas pelas Universidades e a Fapespa terão a validade de dados públicos.

Desenvolvimento – O foco inicial da Rede será a cadeia produtiva do açaí, nas regiões de Integração Guajará, Guamá e Tocantins, com o objetivo de expandir a pesquisa para outros produtos da bioeconomia. A iniciativa também contribuirá para a formação de recursos humanos qualificados na área, fortalecendo a capacidade de pesquisa e inovação no Estado. A "Rede" deve mensurar o valor econômico do setor e entender sua dinâmica, seus gargalos e potencialidades. Dessa forma, espera-se que a pesquisa forneça subsídios para a formulação de políticas públicas mais eficazes e direcionadas ao desenvolvimento sustentável da bioeconomia no Pará.

 

*Adaptado do texto original da Agência Pará

Foto: Alex Ribeiro/Ag. Pará

Fim do conteúdo da página