Movimento “Ciência e Vozes da Amazônia” busca soluções climáticas para a COP 30
Ciência e Movimentos Sociais estarão juntos nos debates sobre questões socioambientais como forma de preparação à Conferência Mundial do Clima. Essa é a proposta da Universidade Federal do Pará (UFPA), que lançou, nesta quarta-feira, 5 de fevereiro, o Movimento “Ciências e Vozes da Amazônia na COP 30”. Reitores de universidades federais de diferentes regiões do país, especialistas em mudanças climáticas, movimentos sociais e lideranças indígenas e quilombolas, além de autoridades e representantes governamentais marcaram presença no encontro.
O movimento nasce com o objetivo de contribuir para as discussões científicas voltadas a soluções globais e locais relacionadas às temáticas da trigésima Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima – COP 30, em diálogo com diferentes grupos sociais, movimentos e instituições amazônicas. A ideia é estimular e fomentar a reflexão crítica sobre as temáticas da COP 30, integrar instituições públicas de ensino técnico e superior, instituições de ciência e tecnologia, envolvendo professores, estudantes, técnicos e movimentos sociais em diálogos que amplifiquem suas vozes.
O secretário de Educação Superior, Alexandre Brasil Carvalho Fonseca, do Ministério da Educação (MEC), salientou que essa mobilização iniciada em Belém representa um momento decisivo, pois coloca a Amazônia no centro das discussões climáticas globais. “Não há um futuro sustentável para o planeta sem que as populações amazônicas sejam ouvidas. O conhecimento produzido na região, nas universidades públicas amazônicas e pelos movimentos sociais deve ser colocado em pauta. São essas vozes amazônicas que representam a proteção da floresta, do meio ambiente.”
O presidente da Andifes, José Daniel Diniz Melo, destacou a importância da realização da COP 30 no Brasil como uma oportunidade para ratificar o compromisso do país no enfrentamento das mudanças climáticas: “Trata-se de uma grande oportunidade para que nosso país possa reafirmar seu compromisso e seu papel de liderança em áreas como mudanças climáticas e sustentabilidade, além de demonstrar os esforços e o conhecimento tanto tecnológico quanto dos saberes tradicionais”, defendeu.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, abriu a segunda parte da programação, em transmissão ao vivo pela internet, e apresentada aos participantes. “Reconhecemos a importância da comunidade acadêmica junto com os diversos setores da sociedade civil nessa mobilização para dar sua contribuição, sobretudo nesse momento ainda precoce de preparação, para que a gente possa internalizar a dinâmica social, cultural, política, científica do nosso país, em tudo o que significa o desafio da realização da Conferência Mundial do Clima, em um contexto tão desafiador como esse que estamos vivendo no Brasil e no mundo”, disse a ministra.
Ao todo, 11 reitores de universidades participaram do evento, incluindo o prof. Francisco Ribeiro, da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa). Além disso, o lançamento da agenda do “Ciência e Vozes da Amazônia na COP 30”, na Universidade Federal do Pará, teve forte participação de movimentos sociais, com representantes da Cúpula dos Povos, COP das Baixadas, Movimento Negro e Quilombola, ribeirinhos, além de inúmeras lideranças indígenas.
*Com informaçõese fotos da UFPA
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