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Aberto III Congresso Paraense de Educação Especial

  • Publicado: Quinta, 24 de Novembro de 2016, 22h31
  • Última atualização em Terça, 29 de Novembro de 2016, 16h35
  • Acessos: 3370

mesaCPEEA transversalidade da Educação Especial da educação básica ao ensino superior: direitos consentidos e direitos negados. Este é o tema central do III Congresso Paraense de Educação Especial (CPEE), promovido pela Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), por meio do Núcleo de Acessibilidade e Inclusão Acadêmica (NAIA).

O evento reúne trinta e um palestrantes de diferentes regiões do Brasil e cerca de 500 participantes inscritos, entre eles professores, estudantes e diversos profissionais da área de Educação Especial que atuam no Estado e em outras regiões do país. Também compõem o público do evento pessoas com diferentes deficiências, muitos deles estudantes da Unifesspa. Familiares de crianças autistas, com superdotação e altas habilidades ou outras deficiências também estão entre os inscritos, o que para a organização do evento é motivo de satisfação.

Palestras de abertura

Uma das mais renomadas pesquisadores do país em Educação Especial, a professora doutora Cristina Broglia Feitosa de Lacerda (UFSCAR), foi uma das palestrantes na abertura do evento. Ela destacou as dificuldades relacionadas à Educação Especial no contexto da educação infantil. Segundo a pesquisadora, vencedora do 56º Prêmio Jabuti para a área de Educação com o livro “Tenho um aluno surdo e agora?”, da Editora UFSCAR, há um baixo número de matrículas de crianças com deficiência nessa fase escolar. “O público alvo da Educação Especial não frequenta este nível de ensino, é como se a criança com deficiência nascesse com seis anos de vida”, relatou.

Palestra1CPEE

Em sua apresentação, ela elencou os desafios para a formação do profissional que atua na área e defendeu o ensino de Língua Portuguesa como segunda língua para as pessoas com deficiência auditiva. “Incluir não é fácil, a formação é complexa e demanda reflexão profunda”, enfatizou.

A promotora Lílian Viana Freire, da 13ª Promotoria de Justiça de Direitos dos Órfãos, Interditados, Incapazes, Pessoas com Deficiência e Idosos, também proferiu palestra na abertura do III Congresso Paraense de Educação Especial, destacando os direitos previstos em leis no país em defesa das pessoas com deficiência. Ela apresentou a realidade local em que, segundo ela, ainda prevalece a negação dos direitos da pessoa com deficiência.

“Temos uma legislação que garante os direitos da pessoa com deficiência, porém falta o cumprimento e há um cenário de negação dos direitos. Ainda temos localmente estruturas inadequadas com falta de acessibilidade e são insuficientes ou inexistentes na área rural. Não basta editar leis se essas pessoas continuarem sendo marginalizadas e excluídas. São muitos direitos que precisam ser cobrados e exigidos e um dos meios é o Ministério Público, temos o dever legal de tutelar os direitos das pessoas com deficiência”, afirmou.

palestra2CPEEDurante três dias, o Congresso oferece uma rica programação com oficinas, cinco minicursos, doze mesas redondas, quatro palestras centrais, dezoito relatos de experiência, trinta e seis comunicações orais e cinco trabalhos inscritos, que abordam essa temática atendendo a demandas de formação.

“Temos aqui grandes nomes, pesquisadores, estudiosos, mas este é um espaço destinado a todos que vivem essa temática como pessoas com deficiência, pais, profissionais que estão na sala de aula. São as vozes de todos esses sujeitos que fazem a educação acontecer, é que fazem esse movimento de garantia do direto da pessoa com deficiência”, avaliou a coordenadora do evento, a professora doutora da Unifesspa, Lucélia Cardoso Cavalcante Rabelo.

As atividades estão sendo realizadas em dois locais distintos: as palestras centrais no período da manhã acontecem no Auditório da Câmara Municipal de Marabá (Avenida Hiléia, Incra, Rodovia Transamazônica, 1, Bairro Amapá) e as Mesas Redondas, Oficinas, Minicursos e Apresentação de Trabalhos serão realizados na Escola Estadual de Ensino Médio Plínio Pinheiro (na Travessa Santa Teresinha, 274, centro, em Marabá).

Mesa de honra

Compuseram a mesa de honra na abertura do evento o pró-reitor de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas, Marcel Ferreira Miranda, representando a Reitoria; a coordenadora do NAIA, professora doutora Lucélia Cavalcante Rabelo, o vereador Ilker Moraes, representando o presidente da Câmara Municipal; a representante da APAE, professora Cremilda Peres, o representante da Associação de Pessoas com Deficiência Visual de Marabá, ademar Alves dos Santos, representate da 4ª URE da Secretaria Executiva , Suelene Sousa Miranda e a Promotora da 13ªPromotoria de Justiça de Direitos Humanos, Órfãos, Interditados, Incapazes e Pessoas com Deficiência e Idosos de Marabá, Lilian Viana Freire.

Houve, ainda, um momento cultural com apresentação do cantor Cristiano Lopes que é deficiente visual. Ele interpretou canções da Música Popular Brasileira, além da música de sua autoria “Arco-íres”. O hino nacional foi cantado pela professora Georgina Pinheiro. O evento também contou com intérpretes de libras que são professores e colaboradores da Unifesspa e o cerimonial contou com a participação do estudante de Ciências Sociais da Unifesspa Jonas Gama. Integram a comissão organizadora do evento 150 pessoas, entre profissionais da área de Educação Especial, bolsistas, voluntários e parceiros do NAIA (SEDUC/URE, SEMED/Marabá, APAE e CAP).

AtraçãoculturalCPEE

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