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Comissão Organizadora faz avaliação positiva das conferências livres

  • Publicado: Segunda, 03 de Abril de 2017, 17h53
  • Última atualização em Segunda, 03 de Abril de 2017, 19h37
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Estatuinte 5 Conf 002A Comissão Organizadora do Processo Estatuinte da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) apresentou na tarde da última sexta-feira, dia 31, como atividade que encerrou a programação da 5ª Conferência Livre, as sugestões colhidas entre professores, técnicos administrativos e universitários sobre os Eixos 3 (Comunidade universitária), 4 (Estrutura acadêmica e administrativa) e 5 (Gestão de pessoal e valorização profissional), para discussão entre a comunidade acadêmica presente no Auditório da Unidade 1 do Campus de Marabá.

A 5ª Conferência Livre encerra a primeira fase do Processo Estatuinte com a produção de resumo das discussões entre a comunidade universitária – representada pelos professores, técnicos administrativos, terceirizados e universitários – e a sociedade regional com o objetivo de subsidiar a elaboração do Documento de Referência I da Estatuinte Unifesspa. Os trabalhos da Estatuinte se iniciaram em novembro do ano passado. Como parte da programação da 5ª Conferência Livre aconteceram as palestras dos professores doutores em Educação, Roberto Leher, atual reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro; e Deise Mancebo, coordenadora da Rede Universitas/BR e do Observatório da Educação sobre a Expansão da Educação Superior no Brasil.

Leher palestrou sobre o “Projeto de universidade e valorização do trabalho: desafios e possibilidades” e Mancebo falou sobre “Qualidade acadêmica, trabalho e produtividade na universidade pública em tempos de internacionalização”.  Os dois palestrantes pertencem a universidades ponta de lança no país entre as federais e que têm sofrido mais de perto os efeitos dos ataques à autonomia universitária.

Para a professora doutora Hildete Pereira dos Anjos, integrante da Comissão Organizadora da Estatuinte da Unifesspa, pensar sobre as estratégias para a construção “dessa autonomia, enfocando a valorização do trabalho na universidade, o enfrentamento do produtivismo e a preservação da qualidade acadêmica, em condições tão adversas quanto as do presente foi a tarefa dessa última Conferencia Livre”, avaliou.

A professora Hildete avaliou positivamente todas as contribuições recebidas ao longo do processo. “Para isso, naturalmente procuramos nos cercar das melhores contribuições, tanto da produção acadêmica local quanto nacional, para inspirar um Estatuto que dê conta das especificidades de uma Universidade que se insere nas dinâmicas territoriais a partir de um ponto de vista crítico, engajado, enraizado nas lutas por justiça e melhores condições de existência, sem perder de vista a qualidade de sua produção acadêmica”, afirmou Hildete.

Discussões das Conferências

A 1ª conferência discutiu sobre a Universidade, princípios e finalidades (Eixo 1) durante o processo de Ocupação da Unifesspa, nos dias pós-golpe envolvendo asEstatuinte 5 Conf 0023 entidades sindicais e dos movimentos estudantil e popular. “Iniciamos as discussões, então, com um olhar local”, resume Hildete. Na 2ª conferencia, aconteceu o debatemos com as professoras Rosany Kaingang (URE/Departamento de Educação Indígena) e Suely Ferreira (IFPA/Campus Rural) a organização didático-cientifica (Eixo 2), enfocando principalmente os aspectos relacionados à diversidade e ao enraizamento na região Sul e Sudeste do Pará.

Na 3ª Conferência o professor doutor José Geraldo de Sousa Júnior, ex-reitor da Universidade de Brasília (UnB) palestrou sobre Comunidade Universitária, item que compõe o Eixo 3 (Comunidade Universitária). “Aproveitamos a experiência da UNB de ter sido a primeira universidade brasileira com enraizamento nas questões nacionais, assim como do Prof. José Geraldo deterpresidido, naquela Universidade, um processo Estatuinte”, explicou Hildete.

A 4ª Conferência Livre trouxe para debater Estrutura Acadêmica e administrativa (Eixo 4) a professora doutora Vera Jacob (UFPA), conhecida militante e pesquisadora do funcionamento das universidades brasileiras a partir de seu pertencimento ao ANDES-Sindicato Nacional e á Associação Nacional de Pesquisadores da Educação (ANPED). Para Hildete, a contribuição de Jacob deve-se ao fato de “ter acompanhado de perto o Processo Estatuinte da UFPA, nossa universidade matriz, a professora Vera nos levou a refletir sobre características dessa relação e aspectos que precisarão ser superados no Estatuto da nova Universidade”.

Segundo Hildete, nunca é demais destacar a generosidade de todos os palestrantes, abrindo um espaço em suas agendas extremamente pesadas para contribuir com o Processo Estatuinte. Roberto Leher e Deise Mancebo destacaram “a originalidade de nosso processo de debate, a importância dele num momento em que muitas universidades tendem a se encolher pela violência dos ataques ao ensino público”.  

Para ela, “uma Universidade que, embora tenha começado a fincar as raízes em nossa região na década de 80, se instituiu recentemente, tem muito a aprender com as instituições mais sólidas que não fizeram concessões ao gerencialismo: continuam sendo críticas e empenhadas na resolução dos problemas sociais da região em que se enraízam”.

A Comissão Organizadora, agora, se prepara para a próxima etapa do processo Estatuinte Unifesspa, com as Conferências Regionais. 

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