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3º Festival Internacional Amazônida de Cinema de Fronteira começa na quarta-feira

  • Publicado: Sábado, 08 de Abril de 2017, 11h12
  • Última atualização em Sábado, 08 de Abril de 2017, 11h57
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CARTAZ CINE FRONT 2017 okO Festival  Internacional Amazônida de Cinema de Fronteira chega a sua 3ª edição a partir de quarta-feira (12) e vai exibir mais de 10 filmes, entre produções locais, nacionais e internacionais, além de promover debates até domingo (16). A abertura oficial acontece às 19h, no Cine Marrocos.

Em Marabá, as sessões acontecem na Unifesspa, no auditório da Unidade I (Folha 31) e no Cine Marrocos, sempre com entrada gratuita. Além de Marabá, o Festival promove ações em Belém, Eldorado dos Carajás, São Félix do Xingu, Rondon do Pará, Santana do Araguaia, Xinguara, na Aldeia Gavião - Reserva Mãe Maria e em Lima, no Peru.  Confira a programação completa do Festival! 

O objetivo do Festival é debater questões relacionadas a desigualdades de direitos, dentre elas as econômicas, sociais, regionais, de gênero e étnicas. Com o tema “O nosso Cinema é de Reexistência”, o Festival apresenta trabalhos realizados em conjunturas adversas e que resistiram para existir e fazer a diferença frente à uniformização das ideias e da estética.

Nesta edição, o Fia Cinefront presta homenagem a um dos maiores documentaristas da Amazônia, Jorge Bodanzky, diretor do filme “Iracema, uma transa amazônica”, rodado em 1.974, ambientado na Rodovia Transamazônica. Também haverá sessões de “A Igreja dos Oprimidos”, resultado do retorno do documentarista à região dez anos após o primeiro trabalho. Neste projeto, ele acompanhou a guerra no campo, retratando um triste período da história da violência no campo em torno do Rio Araguaia. O cineasta também vai participar de rodas de conversas com estudantes, professores, indígenas Gavião e com a juventude Sem Terra, público do festival.

Como atração internacional, o III Fia-Cinefront apresenta o filme “Isso Muda Tudo”, documentário de Avi Lewis baseado no livro best-seller da premiada jornalista Naomi Klein, uma profunda investigação sobre as políticas por trás das mudanças climáticas, e resistências e ocupações que se espalham pelo planeta que ela chama de Blockadia. Haverá, ainda, a projeção de trabalhos nacionais premiados e produções regionais.

O evento é uma realização da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), em parceria com a Pontifícia Universidade Católica do Peru (PUCP), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Comissão Pastoral da Terra (CPT), a Fundação Cultural do Estado do Pará, o Curuwinsi Cine – Tarapoto Peru e a Tramateia Produções.

“Na região, onde o sul e sudeste do Pará emergem como epicentro de violentos conflitos, o cinema tem sido uma arma que ajuda a revisitar - equiçá reparar - as cicatrizes da história e projetar visibilidade às lutas populares cotidianas frente ao avanço do capital sobre a Amazônia. Esse cinema e estas histórias são celebrados no Festival Internacional Amazônida de Cinema de Fronteria [FIA-CINEFRONT]”, destacam os curadores no texto de apresentação do Festival.

A expectativa da organização do Cinefront é inspirar e partilhar o cinema como uma ferramenta de formação e instrumento de transformação nas diferentes realidades,em especial a dos povos amazônidas.

 

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