Núcleo de Cartografia da Unifesspa faz balanço das atividades e programa novas ações
Depois de ter se notabilizado por realizar pesquisas regionais com povos tradicionais e populações com história de luta e resistência – como as quebradeiras de cocô babaçu, assentados, acampados, quilombolas, e atingidos por obras no rio Tocantins, o Núcleo de Cartografia Social do Sul e Sudeste do Pará ligado à rede de pesquisadores do Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia (PNCSA) e o Laboratório de Cartografia Social do Sul e Sudeste do Pará, instalados na Unidade 1, Campus de Marabá e vinculados à Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) prepara novas ações envolvendo pesquisadores, estudantes, professores e representantes dos movimentos sociais do Pará, do Maranhão e de outros estados.
O Núcleo de Cartografia do Sudeste do Pará e PNCSA a que se articula o Laboratório de Cartografia tem realizado um conjunto de atividades a partir de relações de pesquisas estabelecidas com os povos indígenas e as populações de quebradeiras de cocô babaçu, assentados, acampados, quilombolas, e atingidos por obras no rio Tocantins e dessas pesquisas têm como resultado a produção de mapas, fascículos e boletins, produzidos no âmbito do PNCSA, do “Projeto Mapeamento Social como Estratégia de Gestão Contra o Desmatamento e Devastação: capacitação de povos e comunidades tradicionais”, realizado entre 2011 e 2014 e do “Projeto Cartografia Social dos Babaçuais: mapeamento social da região ecológica do babaçu” realizado desde 2014.
Uma reunião para definição de novos temas de atuação teve a participação do professor e pesquisador Alfredo Wagner Berno de Almeida, coordenador do Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia – PNCSA; da quebradeira de coco babaçu, Cledeneuza Bizerra; dos professores Rogério Rego Miranda e Rita Silva da Faculdade de Geografia da Unifesspa; das professoras do Curso de Ciências Sociais Vanessa Frazão Lima e Joseline Simone Trindade; da professora Valéria Moreira de Melo da Faculdade de História; da professora Rita de Cássia Pereira da Costa, líder do Grupo de Pesquisa Núcleo de Cartografia Social do Sul e Sudeste do Pará e pesquisadora do PNCSA; do ex-aluno do curso de Educação do Campo da Unifesspa, Francisco Oliveira e membro do grupo de pesquisa e da aluna do curso de Educação do Campo Maria Raimunda Barbosa; da aluna do curso de Geografia, Kamilla Oliveira Lopes, e do doutorando Cristiano Bento da Silva, ex-aluno da Unifesspa e pesquisador do PNCSA.
Na reunião, o professor Alfredo Wagner Berno de Almeida ressaltou a importância de que os próprios agentes sociais, entre eles, as quebradeiras de coco babaçu, os indígenas, os sem-terra e as pessoas impactadas pela mineração produzam reflexões e conhecimentos sobre as situações sociais que experimentam em situações de impactos e disputas em região de fronteiras no Norte e no Nordeste do País.
Experiências na Unifesspa/UFPA
Na reunião, professores e alunos fizeram um balanço das atividades de pesquisa desenvolvidas na região Sul e Sudeste do Pará. A quebradeira de coco babaçu Cledeneuza Bizerra ficou responsável pelo lançamento do Mapa da região ecológica dos babaçuais. O mapa foi elaborado a partir do “Projeto Cartografia Social dos Babaçuais: mapeamento social da região ecológica do babaçu”, em andamento desde 2014 e sob a coordenação geral da professora Jurandir Novaes (UFPA/PPGCSPA/PNCSA). Esse projeto está registrado no ICH/PROPIT/UNIFESSPA e teve o desenvolvimento do plano de trabalho “Mobilização política e práticas do cotidiano: Mulheres Quebradeiras de Coco Babaçu, Sudeste do Pará”, realizado entre 2015 e 2016, através de bolsa de iniciação científica – CNPq.
No âmbito da Unifesspa o laboratório e o grupo de pesquisa têm realizado atividades de ensino, pesquisa e extensão. Nas atividades de ensino aconteceram orientações de bolsistas de extensão e iniciação científica e de Trabalhos de Conclusão de Cursos com temas relacionados à Educação do Campo. Na extensão, o grupo realizou o Projeto de Extensão “Língua em narrativas: território, práticas culturais e cosmologia Akrãtikatêjê” com a produção do filme Akrãtikatêjê (2016), objeto do Prêmio PROEX/UNIFESSPA de Arte e Cultura 2015; e desenvolve desde 2015 o programa de extensão de mesmo nome junto à aldeia Akrãtikatêjê. Além do Projeto “A valorização da língua dos Akrãtikatêjê: um enfoque na relação cantos e práticas rituais” com a produção do filme Akrãtikatêjê e os Cantos Gavião (2017), ganhador do Prêmio PROEX/UNIFESSPA de Arte e Cultura 2016.
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