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II Encontro de Saúde Mental dos Servidores discute o combate à depressão

  • Publicado: Sexta, 21 de Julho de 2017, 16h52
  • Última atualização em Quarta, 02 de Agosto de 2017, 14h40
  • Acessos: 4577

depressaoDSQVSeis palestras nos dias 08, 09 e 10 de agosto integram a programação do II Encontro de Saúde Mental dos Servidores da Unifesspa, a ser realizado, alternadamente, nas Unidades 1, 2 e 3 do Campus da Unifesspa em Marabá. O tema escolhido para este ano foi “Depressão, precisamos conversar”. Considerada o "mal do século" pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão ainda é um desafio para médicos e pacientes.

O II Encontro de Saúde Mental dos Servidores da Unifesspa tem como principal objetivo levar a informação sobre a patologia e poder ajudar os servidores a compreender melhor a extensão das consequências da depressão, a tomar uma iniciativa de procurar ajuda efetiva para salvar sua própria vida ou a de uma outra pessoa que, a seu ver, esteja nestas condições e por falta de esclarecimento não possa se defender, necessitando assim de sua pessoa para orientá-la e estimulá-la a se submeter a um diagnóstico e a um tratamento adequado.

“Sabe-se que esta ajuda efetiva de alguém que já tenha passado por um processo depressivo ou mesmo de um não-portador bem esclarecido é fundamental, no contexto de uma sociedade, como elemento identificador e propiciador de diagnóstico e tratamento bem-sucedidos, ou seja constitui um elo entre os sujeitos necessitados de ajuda e os profissionais e/ou serviços de saúde mental”, explica a psicóloga Poliana Gonçalves Ferreira, da Diretoria de Saúde e Qualidade de Vida da Pró-Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas (DSQV/PROGEP).

Dia 08 na Unidade I

A abertura do evento na Unifesspa acontecerá na Unidade I, na terça-feira, dia 8, às 8h30, com apresentação cultural seguida de apresentação sobre evento da coordenadora Sheila Freire (DSQV/PROGEP). A primeira palestra será do médico Hermes Mariano de Almeida Prado, professor do curso de Medicina da Universidade Estadual do Pará (UEPA), em Marabá. Hermes Mariano tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Psiquiatria e vai falar sobre “Depressão: Sintomas, Diagnóstico, Prevenção e Tratamento”. Após a palestra haverá um intervalo para interações e perguntas com o profissional.

Às 10h30, a médica veterinária Marcia Maria Ponchio dos Santos, voluntária da ONG Associação Protetora dos Animais Carentes de Marabá (Focinhos Carentes) vai ministrar a palestra “Animais também podem ser terapeutas e ajudar no tratamento de doenças como a depressão”. É um consenso entre os especialistas que estar com um animal de estimação aumenta a autoestima, senso de valor próprio, o estabelecimento de hábitos positivos e o interesse pelo outro. "Estudos verificaram um aumento da produção e liberação da serotonina e dopamina, hormônios responsáveis pela sensação de prazer e alegria, após 15 a 20 minutos de interação com o cão", explica a psicóloga Poliana Gonçalves Ferreira (DSQV/PROGEP). Integrantes da ONG Focinhos Carentes estarão oferecendo, gratuitamente, animais para doação e recolhendo doações de ração animal. Após a palestra haverá um intervalo para interações e perguntas com o profissional.

Dia 09 na Unidade III

Na quarta-feira, dia 09 de agosto, às 8h30, na Unidade III, o farmacêutico Antônio Raimundo de Oliveira Júnior vai palestrar sobre “O Consumo excessivo de medicamentos psicotrópicos na atualidade”. Desde o seu surgimento os medicamentos são essenciais para o tratamento das mais diversas patologias, entre as quais os transtornos mentais, onde são usados, principalmente medicamentos psicotrópicos. Essas substâncias afetam diretamente o humor e o comportamento, pois, apresentam uma ação complexa que abrange a atividade dos neurotransmissores centrais, com implicações sistêmicas no organismo. “Assim sendo, seu consumo abusivo pode resultar em graves consequências à saúde dos usuários, ou ainda na interação medicamentosa, inclusive, levando à dependência. Discorrer sobre o consumo excessivo de psicotrópicos pela população contemporânea, busca compreender os motivos deste fenômeno”, explica a psicóloga Poliana Gonçalves Ferreira (DSQV/PROGEP). Após a palestra haverá um intervalo para interações e perguntas com o profissional.

Às 10h, está prevista a palestra da psicóloga Poliana Gonçalves que vai falar sobre “A Psicoterapia como ferramenta de tratamento para a depressão”. Segundo ela, existem várias formas de psicoterapia da depressão que são bastante eficazes e ajudam a aliviar os sintomas e o mal-estar depressivo. As estimativas indicam que a taxa de sucesso da psicoterapia em casos de depressão é de 80%, aumentando quando é feita juntamente com medicação. "Nem toda a psicoterapia resulta em sucesso para todas as pessoas. Por isso existem várias formas de psicoterapia para a depressão. O psicólogo psicoterapeuta é a pessoa que melhor indicará qual a forma mais correta e eficaz de tratamento”, explica Poliana. Após a palestra haverá um intervalo para interações e perguntas com o profissional.

Dia 10 na Unidade II

Na quinta-feira, dia 10 de agosto, às 8h30min, na Unidade II, acontecerá uma programação cultural de abertura seguida de palestra do educador físico Luciano Moraes, especialista em Ciência do Esporte e mestrando em Ciências da Motricidade Humana, que vai falar sobre “Educação física, a medicina do futuro”. Há relação entre a educação física, o bem-estar e a saúde que vem sendo estudada por universidades e laboratórios do mundo e muitos desses estudos e pesquisas revelam a interferência positiva que a vida ativa pode exercer seja na prevenção, seja no combate às mais variadas doenças do coração, diabetes e até aos males da mente, como o estresse e a depressão. “Os estudos reforçam, cada vez mais, que a educação física – se já não é – será considerada a medicina do futuro”, opina Poliana Gonçalves.
Após a palestra haverá um intervalo para interações e perguntas com o profissional. A segunda palestra do dia será com Luziangêla Alves de Abreu e Flávio Adriani Valente de Noronha, massoterapeutas vão falar sobre “Massoterapia: o combate à depressão na ponta dos dedos”.
Após a palestra haverá um intervalo para interações e perguntas com os profissionais.

Confira a programação completa!

Depressão

A Depressão como doença constitui um dos quatro transtornos psiquiátricos mais frequentes. Estima-se que 8% dos homens adultos e que 25% das mulheres adultas sofram de uma doença depressiva em algum período da vida. Não possuímos dados exatos sobre sua frequência no Brasil. Pesquisas indicam nos Estados Unidos que a população adulta afetada deverá estar em torno de 6 milhões de pessoas. Como a Depressão afeta o bem-estar e a felicidade dos pacientes e de seus familiares, reduz a capacidade de trabalho, e, em consequência, a produtividade do indivíduo na sociedade, mesmo apesar de ser muito relativa a avaliação do custo do sofrimento humano numa visão socioeconômica, não é difícil imaginar o impacto e a importância da depressão em nosso meio. A depressão não tratada frequentemente pode destruir a vida familiar, a vida profissional e mesmo a vida do indivíduo. Felizmente, graças à anos de pesquisas produtivas, encontram-se, hoje, medicamentos disponíveis e terapias psicossociais que aliviam a dor e ajudam efetivamente a maioria das pessoas com depressão, mesmo aquelas com distúrbios mais graves.

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