Participaram da solenidade de abertura, o reitor da Unifesspa, professor Maurílio de Abreu Monteiro; pró-reitores da instituição; a coordenadora do NAIA, professora Lucélia Cardoso Cavalcante Rabelo; representantes da administração municipal de Marabá, da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), das pessoas com deficiência e da sociedade cível.
A palestra de abertura abordou a educação bilíngue para surdos, desde a educação básica à educação superior e foi ministrada pelas professoras Sueli de Fátima Fernandes (UFPR) e Arlete Marinho Gonçalves (UFPA), e mediada pela professora Lucélia Cardoso Cavalcante Rabelo (Unifesspa).
Para a professora palestrante, Sueli de Fátima Fernandes, o intercâmbio de informações e projetos desenvolvidos por pesquisadores de diferentes instituições é importante, pois oportuniza uma leitura nacional das políticas e pesquisas na área. Ela pontuou os desafios comuns para a difusão da língua brasileira de sinais como primeira língua para os surdos. “Esperamos transmitir o entusiasmo do desafio da inclusão e o reconhecimento da humanidade dos surdos, que se constitui pela língua de sinais. O aprendizado dessa língua, por todos, é necessário para fazer da escola um ambiente inclusivo e que respeita as diferenças”, concluiu a pesquisadora.
Segundo a coordenadora do NAIA, professora Lucélia Cardoso, “o CPEE oportuniza um espaço formativo para Amazônia paraense e outros estados do país, promovendo debates de princípios inclusivos e questões de acessibilidade. O evento envolve toda a comunidade, nas diferentes esferas da vida social, visando a construção da cidadania das pessoas com deficiência”.
O NAIA é um órgão da Unifesspa que oferece serviço pedagógico e garante o direito do aluno à educação, promovendo sua inclusão. Atualmente, a instituição tem 88 alunos com deficiência, em Marabá e nos campi fora de sede, que recebem o suporte do órgão.
O reitor da Unifesspa, professor Maurílio de Abreu Monteiro, destacou a participação da instituição no evento. “A Unifesspa apresenta neste congresso o que vem desenvolvendo sobre o tema, compartilhando as experiências educacionais, as tecnologias assistivas e as medidas que vêm sendo implantadas. Estamos recebendo críticas e sugestões, para que possamos aprimorar e avançar nessas políticas”, disse.
Kátia Cunha da Silva, acadêmica do curso de pedagogia, pessoa com deficiência, participou das últimas quatro edições do congresso. Para ela, ver tantos palestrantes, que têm deficiência, possuírem formação, gera o sentimento de motivação. “Isso mostra que a deficiência não está na pessoa, mas sim no ambiente em que ela vive, nas barreiras atitudinais das outras pessoas”, afirmou a aluna, que também integra a comissão organizadora.
A programação do V CPEE segue até sexta-feira (19) e contará com mais quatro palestras, oficinas, minicursos, apresentações culturais, sessões de comunicação orais e relatos de experiência, mesas redondas, debates, além da realização do “II Fórum Permanente de Acessibilidade e Inclusão no Ensino Superior da Região Norte”, promovido pelo NAIA.
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