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Integração Estudantil: Unifesspa participa do II Encontro Cultural da Escola Indígena Karaí Guaxu em Jacundá

  • Publicado: Quinta, 28 de Junho de 2018, 17h55
  • Última atualização em Sexta, 29 de Junho de 2018, 10h34
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II ENCONTRO GUARANY SITE 01

Dança, pintura corporal e até competição de cabo de guerra fizeram parte da programação do II Encontro Cultural da Escola Indígena Karaí Guaxu, da Aldeia Nova Jacundá, que aconteceu no dia 23 de junho. Realizado pela Prefeitura Municipal de Jacundá, Secretaria Municipal de Educação, Comunidade Indígena Guarani Mbya, Educadores Indígenas e não-indígenas da Escola Karaí Guaxu e Departamento de Educação do Campo, o evento teve por objetivo valorizar a Cultura Indígena Guarani Mbya e promover a troca de vivências e conhecimento com outras escolas municipais da região e instituições como órgãos municipais de assistência social, universidade e organizações não-governamentais.

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Em um intercâmbio, os Guarani apresentaram suas músicas, danças, pinturas e artesanatos e as demais escolas, além de conhecer a cultura indígena dessa comunidade, pode também apresentar danças como quadrilhas, carimbo. Para a Professora Clerismar Pereira, esta ação é importante não só para a valorização da cultura pelas pessoas da região, mas também para os próprios indígenas. “Moro a mais de 20 anos em Jacundá e não conhecia essa Comunidade até ser lotada como professora aqui. Foi quando eu percebi que por meio de atividades como esta, poderíamos alcançar não só Jacundá, mas também a região como um todo. Assim, nasceu o I Encontro que foi realizado em 2017 e esse, em 2018, com o tema “Revitalização da Cultura Guarani”, destacou a professora.

Genilson de Sousa, do Departamento de Educação do Campo da Secretaria de Educação de Jacundá, considerou o evento oportuno para mostrar a importância da valorização da Cultura Indígena Guarani Mbya. “Diante da desvalorização histórica de todas as comunidades indígenas de forma geral, destacamos hoje esta comunidade indígena que pertencente à nossa cidade, o que nos orgulha e faz com que se sintam importantes por sua história. É o mínimo que devemos fazer”, disse o coordenador do Decamp.

A Unifesspa foi convidada, por meio da Professora Rosani Fernandes do Curso de Educação do Campo, para uma roda de conversa com os presentes que destacou não a cultura indígena de forma geral, mas aproveitou para ressaltar características dessa comunidade, como a resistência e autonomia dos povos. “A interculturalidade que está sendo praticada aqui é produtiva porque deixa de lado aquilo que está nos livros didáticos e vem pra aldeia para superar a ideia do índio com uma cultura indígena, que são todos iguais, adoram um deus tupã e moram em uma oca e que reforça o preconceito com os povos. Precisamos mostrar quão diversas são as culturas indígenas e por isso precisamos valorizá-las”, disse a professora que também é indígena.

Também, através da Coordenadoria de Integração Estudantil da Proex, a Unifesspa teve oportunidade de conversar sobre sua política de Integração Estudantil com os calouros 2018: Edmar e Tayne Arai Guarany que são pai e filha e foram aprovados para os cursos de Psicologia e Educação do Campo, respectivamente.

Arai, estudante de psicologia, considerou o evento um espaço também de desmitificação do indígena e do preconceito. “Minha maior dificuldade é a condição financeira de me manter em Marabá. Aqui, por exemplo, todo mundo se conhece e se ajuda, é parente, em Marabá eu não tenho a quem recorrer. Mas, não só isso, também o preconceito que nesses dois meses que tô na Unifesspa, já senti. Mas, vamos aprendendo a lidar com isso e o Augusto, da Proex, ajuda muito os indígenas. Ele nos acolhe e nos estimula a permanecer no curso e superar as dificuldades, como o preconceito”.II ENCONTRO GUARANY SITE 06

Edmar, que é um dos professores na Escola Indígena Karaí Guaxu, disse que o evento estimula as crianças da comunidade a reconhecerem os costumes e manter a tradição. O professor escolheu Educação do Campo para aperfeiçoar sua prática na escola e está ansioso para iniciar o curso, em período intervalar. “Eu espero da Unifesspa que nos apoie, nos coloque em primeiro lugar, para que nós, os indígenas estudantes lá possamos crescer cada vez mais e nos tornemos bons profissionais”.

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