Unifesspa participa de evento da Sociedade Internacional de Etnobiologia

Pesquisadores da Unifesspa participaram ativamente do evento Belém + 30 - ISE-ISBEE, que integrou o XVI Congresso Internacional da Sociedade de Etnobiologia, o XII Simpósio Brasileiro de Etnobiologia e Etnoecologia e a Feira Internacional da Sociobiodiversidade. 

O evento aconteceu no período de 6 a 12 de agosto na cidade de Belém, reunindo participantes de diferentes partes da Amazônia e mais de quarenta países. Sendo marcada pela presença dos mais diversos povos e comunidades tradicionais. Indígenas de diferentes etnias e grande lideranças históricas como o cacique Raoni Metuktire, Kayapó e, Iracema Rã-Nga Nascimento, mulher da etnia Kaingang. 
Além desses, diversos agentes sociais com identidade coletiva, práticas culturais e experiências distintas de manejos dos recursos naturais. Contou ainda com pesquisadores e demais interessados no tema da sociobiodiversidade com foco acadêmico-científico e político-ambiental. E que assinala a preocupação com os recursos naturais e modos de vida no planeta em face das mudanças e as pressões intensas sobre os povos e o meio ambiente.

Participação da Unifesspa

A Unifesspa, por meio do Laboratório e Grupo de Pesquisa Núcleo de Cartografia Social do Sul e Sudeste do Pará, do Núcleo de Educação Ambiental – NEAm e, da Faculdade de Educação do Campo – FECAMPO, com a mobilização junto a discentes e docentes de diferentes áreas do conhecimento e, aos agentes sociais, povos e comunidades tradicionais participou do evento em sessões temáticas, minicursos, comunicações, pôsteres, exposição em estandes e em atividade de ensino. Os trabalhos envolveram docentes autores, orientadores e discentes dos cursos de Educação do Campo, Biologia, Geografia, Ciências Sociais, Saúde Coletiva, além de discentes e professores do curso de Pós-graduação em Dinâmicas Territoriais e Sociedade na Amazônia – PDTSA.
As atividades e trabalhos apresentados contemplaram resultados de pesquisa, ensino e extensão, com foco na produção do conhecimento, ações formativas e com vista ao apoio as ações políticas e sociais. E decorrentes de atuações e processos de articulações junto a agentes sociais constituídos em movimentos sociais, no contexto amazônico e sudeste do Pará, a exemplo das quebradeiras de coco babaçu, pescadores, quilombolas, agricultores e indígenas.

Dentre as atividades no Belém+30 está a Sessão organizada Educação do Campo e Etnociências: saberes e experiências locais, proposta pelas professoras da Faculdade de Educação do Campo, Rita de Cássia Pereira da Costa e Cristiane Vieira da Cunha. A sessão promoveu a discussão de trabalhos e materiais pedagógicos desenvolvidos no processo formativo no curso de licenciatura em Educação do Campo, e com articulação de ações de ensino, pesquisa e extensão.
Reuniu além dos trabalhos resultantes de ações da pesquisa socioeducacional, trabalhos de conclusão de curso de graduação, de pós-graduação e de outras ações desenvolvidas através de diversos projetos realizados na região. Com comunicações de resultados de pesquisas e também sobre materiais pedagógicos elaborados junto às comunidades de pescadores, agricultores assentados, ribeirinhos e quilombolas.
Os planos de ensino desenvolvidos durante o XVI Congresso da Sociedade Internacional de Etnobiologia e XII Simpósio Brasileiro de Etnobiologia e Etnoecologia e a Feira Internacional da Sociobiodiversidade foram orientados com fins de participação em sessões temáticas, mini-cursos, mesas redondas e palestras e atividades junto aos agentes sociais com identidade e práticas culturais diversas.

As atividades foram combinadas de estudos dirigidos, com síntese da literatura indicada em diálogo com as experiências e debates mediados pelas atividades do congresso. Bem como, com as atividades de campo com vista à interação de ensino, pesquisa e extensão. E com a visita em exposição e ao museu Emilio Goeldi, organizador do evento. E com programação voltada para um olhar sobre sociobiodiversidade. Além de da Feira livre do Ver-o-Peso, centro histórico e parque de Belém.
As atividades com visita de campo visaram contemplar o ensino com vivências significativas em processo de observação e ações em contato com experiências que permitiram dialogar com categorias conceituais e temáticas dos componentes curriculares ministrados. O que se mostrou bastante profícua, considerando as avaliações e comentários dos participantes.
Para os pesquisadores da Unifesspa, O Belém + 30 se constituiu num espaço de contato com experiência ímpar e de suma importância para a vida e processo formativo de estudantes da Instituição.

Fotografias: Francisco Oliveira e Rita Costa