II Jepe: Mesa-redonda discute a extensão universitária no sul e sudeste do Pará
A programação da II Jornada de Ensino, Pesquisa e Extensão (Jepe) na manhã desta quinta-feira (20/09) seguiu com a realização de uma mesa-redonda no Auditório da Unidade I. Nela, os participantes falaram sobre “os desafios da extensão universitária no sul e sudeste do Pará”.
Compuseram a mesa-redonda - o técnico administrativo Igor Oliveira, a discente do Projeto Emancipa Bárbara Rank, prof. do Instituto de Estudos em Ciências Biológicas (IESB) Letícia Lima, os professores do Instituto de Ciências Humanas (ICH) – Letícia Pantoja e Hiran Moura Possas e o prof. do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA) Gustavo Passos Fortes.
A professora Letícia Pantoja destacou em sua fala que a extensão é feita com afeto e que ela só tem lançado a semente no coração dos alunos. “A extensão é envolvente e eu já percebo esse protagonismo estudantil dentro da Unifesspa através dos vários projetos de extensão desenvolvidos. Os alunos estão na mesa, sugerindo ideias, encampando ações, movimentando a universidade, transformando vidas”.
Pantoja coordena um projeto para a implementação do Centro de Referência em Estudos e Pesquisas sobre História e Memória da região sul e sudeste do Pará, em Marabá. O convênio entre o Tribunal de Justiça do Estado do Pará e a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) foi celebrado ainda no mês de março deste ano.
O professor Gustavo Passos Fortes veio do campus de Rondon do Pará para participar da mesa-redonda e durante sua fala destacou a importância de participar da Jornada de Ensino, Pesquisa e Extensão. “Quando participamos, temos a oportunidade de replicar algumas ideias e práticas vivenciadas aqui”, disse.
Ele falou ainda sobre a experiência exitosa no projeto de extensão que desenvolve com os alunos do curso de Administração (ICSA) no qual eles ganharam o 1º Prêmio Angrad na categoria “Experiências Inovadoras de Ensino e Aprendizagem”, durante o 29º Encontro Nacional dos Cursos de Graduação em Administração (Enangrad), em São Paulo, no último dia 26 de agosto.
Para o professor, não existe um perfil de professor extensionista. Segundo ele, qualquer professor pode trabalhar a extensão e, assim, desenvolver o gosto pelo assunto – beneficiando toda a comunidade local. “Eu atuo com 20 voluntários num projeto de extensão de orientação empresarial – transformando a realidade das micro e pequenas empresas em Xinguara”, pontuou.
A professora do Instituto de Estudos em Ciências Biológicas (IESB) Letícia Lima falou sobre seu projeto de extensão “Ver-Sus” em que a experiência de estágios e vivências nos serviços de saúde do município de Marabá impactou e motivou os estudantes que vivenciaram e debateram acerca da realidade do Sistema Único de Saúde na cidade, no último mês de janeiro deste ano. “Todos estavam muito engajados. Projetos de extensão nos ajudam a enxergar a vida sob um novo olhar. Os alunos e nós professores não somos mais os mesmos depois de trabalharmos num projeto de extensão, seja ele qual for”, argumentou.
A aluna Bárbara Rank falou sobre a Rede Emancipa destacando que é um movimento social de Educação Popular, composto por cursinhos pré-universitários populares em vários estados do país, tendo como objetivo principal a luta pelo direito à universidade para todos, em especial a estudantes da escola pública.
Ela disse ainda que o movimento é construído por estudantes universitários, professores e estudantes da Rede Emancipa, professores do ensino básico e todos que queiram participar. Em Marabá, o cursinho existe desde 2012 e funciona como programa de extensão exitoso da Unifesspa.
Todos os participantes da mesa-redonda foram unânimes em concordar que existem grandes desafios pela frente, como o de despertar a extensão como processo educativo, promovendo mobilização estudantil e institucional, trabalhando as questões da interdisciplinaridade, além de dialogar com a sociedade, aumentando o impacto social das ações de extensão da Unifesspa.
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