Bino Sousa apresenta seu Prêmio Proex durante II Jepe
Formado em Artes visuais pela Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) Bino Sousa é o vencedor do Prêmio Proex de Artes Visuais 2017 - com o projeto “Grades: reconstituições imagéticas”.
Durante a 2ª Jornada de Ensino, Pesquisa e Extensão, o artista Bino Sousa apresentou o resultado de seu trabalho por meio de um documentário em que apresenta suas reflexões sobre a pesquisa e as falas dos serralheiros que foram entrevistados. “Toda cidade guarda suas histórias, que dependem de quem ouve ou conta o registro hegemônico ou silenciado. As grades residenciais de Marabá possuem adornos que protegem e embelezam de forma graciosa nossas moradas. Esses objetos têm muito a contar, mesmo os mais simples de estética ou mais remontados”, destacou Bino.
A pesquisa sobre história oral, identidade e memória na construção estética das grades de ferro residenciais em Marabá buscou reconhecer, no trabalho do serralheiro, quais os significados implícitos nos desenhos feitos nas grades, como foram feitas e qual a relação entre seus fazedores e os moradores.
O trabalho sobre a construção das grades é realizado desde 2014 e, sobre esta quarta etapa da pesquisa, Bino Sousa diz que “todo processo de pesquisa foi de grande relevância. História oral foi algo novo para um artista que trabalha com artes visuais, mas foi uma experiência muito boa, e, isso, trouxe para minha pesquisa como artista visua, argumentos relevantes.
As narrativas nesse trabalho contam não somente sobre a estética das grades, mas as histórias de vida dos serralheiros. Descrevem experiências da lida com o ferro e de pessoas que assistem dia a dia esse processo de exploração do ferro nesta cidade, ponte de escoamento do minério. Ouvimos histórias individuais, reflexos de vivências coletivas de uma comunidade”, concluiu Bino.
Os interessados podem ler o livro e assistir ao documentário sobre o projeto: “Grades: reconstituições imagéticas”, de Bino Sousa.
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