I Mocisspa: Jovens cientistas são premiados com troféus e bolsas de estudos

O Centro de Convenções de Marabá sediou, na última sexta-feira (23), a I Mostra Científica do Sul e Sudeste do Pará (Mocisspa). Durante todo o dia, alunos de escola públicas da rede básica e do ensino superior expuseram os trabalhos científicos desenvolvidos nas instituições em que estudam.

Segundo a organização, o evento superou todas as expectativas. No total, foram 84 apresentações dos projetos de estudantes de escolas de Marabá, Jacundá, Redenção, Novo Repartimento, Bom Jesus do Tocantins, Conceição do Araguaia.

Projetos como o da aluna do 3º ano do ensino médio da escola Maria Benta Oliveira de Sousa, de Redenção. Ela trouxe um experimento baseado na Lei de Lenz, que trata dos fluxos magnéticos. “O assunto de eletromagnetismo é muito difícil para os alunos. Esse experimento pode ser usado pelos professores como uma forma mais fácil de explicar a matéria”, afirmou a estudante.

O técnico de informática, Max Welson, trouxe o pequeno Raul, seu filho de quatro anos, para acompanhar a feira. “Meu filho é muito ligado em tecnologias. Trouxe ele para ver as apresentações e instigá-lo a seguir o caminho da ciência”. Pai e filho se encantaram com o trabalho “Gerador Eletrostático de Correia”. Max elogiou a didática adota pelos alunos. “Está tudo muito bem produzido, os estudantes estão bem seguros do que estão apresentando. Não só adultos entendem, mas crianças também”, finalizou.

O coordenador geral da Mocisspa, professor Ronaldo Ripardo, explica que o evento surgiu do objetivo do Programa de Pós-graduação em Educação em Ciências e Matemática (PPGCM) de ter uma interface próxima com a comunidade da região e com a educação básica.

“O impacto positivo é que a mostra valoriza a iniciativa dos alunos, estimula a produção científica na educação básica e motiva os professores a ensinar por meio da pesquisa científica”, destacou Ripardo ao comemorar o envolvimento da comunidade e a empolgação de professores e alunos com o evento.

Núbia Pacheco, vice-diretora da escola Deuzuita Pereira de Queiroz, de Redenção, estava muito emocionada com o resultado da participação dos alunos na Mocisspa. Ela agradeceu o convite e a iniciativa. “A educação precisa desse tipo de incentivo. Esse tipo de evento é combustível para nos educadores. Viemos de longe, mas vamos embora muito felizes com o resultado do nosso trabalho”.

O reitor da Unifesspa, Maurílio de Abreu, e a vice-reitora, Idelma Santiago, fizeram a entrega das premiações. Em sua fala, Idelma parabenizou a participação das escolas e alunos. Já Monteiro defendeu que a ciência hoje não está mais restrita à elite acadêmica. “Esse é um momento de saudação à humanidade pela capacidade de produzir ciência e melhorar a vida da sociedade. Viva a ciência, a inovação e a sociedade brasileira”, disse.

Estrutura

A proposta da Mocisspa é contribuir para o avanço científico, tecnológico e inovação da região sul e sudeste do Pará. Além disso, incentivar o uso do conhecimento científico como mecanismo de empoderamento e transformação social. A mostra premiou trabalhos nas categorias de ensino, fundamental, médio, técnico/profissionalizante e graduação. Em cada categoria, eles foram enquadrados em quatro áreas: Ciências Humanas e Sociais; Linguagens e Artes; Engenharias e Ciências Agrárias; e Ciências Exatas, Naturais e da Saúde.

Os três primeiros colocados de cada categoria foram premiados com troféus e medalhas. Já os colocados do 4º a 6º lugar no ranking receberam certificado de menção honrosa. Para os alunos que ficaram em primeiro lugar também será concedido uma bolsa de iniciação científica, via CNPQ, para desenvolverem seu projeto durante um ano. Eles serão orientados pelos professores da escola e alunos e professores do programa de pós-graduação.