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Unifesspa promove curso de Educação e Interculturalidade na Amazônia

  • Publicado: Segunda, 04 de Fevereiro de 2019, 08h57
  • Última atualização em Quinta, 07 de Fevereiro de 2019, 10h42
  • Acessos: 2540

DESTAQUE Educ Campo 0063O curso de Educação e Interculturalidade na Amazônia realizado nos dias 30, 31 de janeiro e 01 de fevereiro no Auditório da Unidade III do campus da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) fez parte de uma ação integrada do Núcleo de Ações Afirmativas e Equidade (Nuade) com o Programa de Mestrado em Dinâmicas Territoriais e Sociedade na Amazônia (PDTSA) da Universidade, coordenado pelo professor Hiran Moura Possas.

O Nuade composto ainda pelos professores Reginaldo Cerqueira e Maria Cristina Macedo que juntos têm procurado dialogar e promover ações de educação junto aos movimentos sociais e estudantis, lideranças indígenas, afrodescendentes e representantes do movimento LGBTT’s destacando esse espaço de ideias, diversidade e equidade. 

O curso foi aberto e contou com a presença de alunos de Educação do Campo da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), licenciatura em Matemática da Universidade Estadual do Pará (Uepa), professores do Instituto de Estudos em Saúde e Biológicas (Iesb/Unifesspa), 25 professores da rede municipal, 66 da rede estadual de ensino de Marabá, entre eles da 4ª Ure, 5 povos indígenas (Gavião, Suruí, Guarani, Awaeté e Kaiapó), além de uma caravana de 16 professores da cidade de Novo Repartimento – PA.

A programação contou com discussões sobre movimentos sociais e campesinato, cultura afro-brasileira e povos indígenas no sul e sudeste do Pará, com o objetivo de conhecer as experiências dos professores da rede pública sobre essas temáticas.

A mesa de atividades foi composta pelo coordenador do Nuade Prof. Jerônimo Silva, Maria Raimunda Santana Fontes que já trabalha há 25 anos com projetos de combate ao Racismo e a professora do Instituto Federal do Amapá – campus Rural de Marabá ligadas aos movimentos sociais Shauma Tavares do Nascimento.Educ Campo 0041

O professor do Sistema de Organização Modular de Ensino (Some/4ª Ure) Francisco Kennedy Pereira, formado em História, parabenizou a realização do evento e disse que ter conhecido as políticas de Igualdade Racial há alguns anos o fez aprimorar suas ideias e a saber abordar o tema com seus alunos. “Eu sempre procuro participar de eventos como esse promovidos pela Unifesspa. Com eles, vou adquirindo novos conhecimentos e novas experiências. Com o tempo tenho aprendido que os obstáculos só serão superados se você persistir”, destacou.

A indígena Tuxati-parkatejê-gavião ressaltou que ela e seu povo não conheciam o significado da palavra preconceito. “Isso só foi conhecido por nós de um tempo para cá. Nossos professores são tratados com muito amor e carinho e a educação para nós é coisa muito séria. Nós continuaremos lutando por uma educação indígena de qualidade porque queremos preservar a nossa cultura”, argumentou.

A professora que atua na Reserva Mãe Maria (Kyikatejê-gavião) Adelaide Nascimento disse que nós precisamos saber analisar os diversos tons de pele, a ensinar nossas crianças a combater o preconceito e a se aceitar como são. “A libertação começa quando você se aceita”, observou.

“O evento nos trouxe uma alegria e satisfação muito grande em ver tantas pessoas presentes entre alunos, professores, lideranças indígenas e de movimentos sociais discutindo temas tão importantes. Isso é fruto de um conjunto de ações de articulação com o poder público para que todos pudessem participar desses debates durantes esses dias. À medida em que a Unifesspa abre esses espaços, percebemos que a comunidade responde ao chamado, tendo em vista que ela acredita no diálogo como solução para os problemas enfrentados sobre as temáticas abordadas aqui”, concluiu o coordenador do evento Jerônimo Silva.

Segundo o professor Jerônimo Silva, o curso foi ministrado tmbém no âmbito da Faculdade de Educação do Campo.Educ Campo 0063

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