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Professor da Unifesspa descobre número cromossômico de espécie vegetal amazônica

  • Publicado: Segunda, 15 de Abril de 2019, 15h42
  • Última atualização em Segunda, 15 de Abril de 2019, 16h13
  • Acessos: 4709

Destaque ParicaO professor pesquisador Kidelmar Dantas da Faculdade de Engenharia de Minas e Meio Ambiente da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Femma/Unifesspa) defendeu em agosto de 2018 a tese de doutorado que teve como tema: “Potencial de espécies vegetais à fitorremediação de solo contaminado com cobre”, sob a orientação do Prof. Dr. Jacob Silva Souto, encontrando-se disponível na Biblioteca da Unidade II da Unifesspa. A pesquisa foi feita entre os estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte e durou três anos e meio.

A mineração é uma atividade mundial de grande importância devido à utilização dos metais que são extraídos, a exemplo do cobre, no Brasil, com destaque para o estado do Pará. No entanto, apesar de ser uma atividade importante para a balança comercial do País, produz um volume significativo de rejeitos e resíduos.

A produção de rejeitos e resíduos sólidos provenientes da mineração e sua deposição em barragens requerem cuidados com o meio ambiente. O cobre no vegetal é um micronutriente exigido em pequenas quantidades pelas culturas, sendo um dos últimos a desenvolver sintomas visuais de deficiência, quando seu suprimento não atende à demanda das plantas.

O cobre é um micronutriente que atua como componente de várias enzimas e coenzimas participa da fotossíntese, respiração e do metabolismo de nitrogênio e carboidratos. Entretanto, a presença em altas concentrações no solo afeta negativamente o crescimento e a produtividade das plantas. Para o professor, a necessidade de elucidar a toxicidade do cobre vem do seu uso sistêmico como fungicida, algicida ou bactericida na agricultura.Destaque Parica2

Portanto esta pesquisa objetivou avaliar o potencial ou a habilidade das espécies Schizolobium amazonicum, Leucaena leucocephala e Azadirachta indica, submetidas à contaminação do solo com rejeito de cobre da mineração, de fitorremediar metal pesado, ou melhor, investigar se o rejeito de cobre proveniente da mineração poderia ou não ser absorvido pelas espécies vegetais supracitadas.

Segundo o professor pesquisador Kidelmar Dantas para alcançar o objetivo foram realizadas pesquisas bibliográficas e experimentos, organizados em três capítulos.

Um detalhe importante ocorreu no transcorrer da pesquisa, que foi a inserção do terceiro capítulo da tese, pois inicialmente pode-se constatar que havia uma lacuna na área de Citogenética sobre a essência florestal Paricá. Para isso, segundo o professor foi através de trabalhos laboratoriais específicos na área da Citogenética que se pode encontrar e catalogar o número cromossômico da espécie Schizolobium amazonicum de 2n = 26, como informação inédita para literatura.

A espécie está sendo plantada em larga escala no Estado do Pará por apresentar rápido crescimento, pela qualidade de sua madeira e boa cotação no mercado, bem como o processo de recuperação de áreas degradadas, mediante sistemas de produção apropriados, tendo em vista os aspectos da geração de renda, ocupação de mão-de-obra e redução dos impactos ambientais. A espécie é comumente conhecida como “Paricá” – uma árvore que cresce rápido e produz madeira de qualidade. Ela é a espécie florestal nativa mais cultivada do País. Ele pode ser cortado com cinco anos de idade. Sua madeira é usada na construção civil e na fabricação de móveis. Até agora já foram plantadas 60 milhões de árvores, distribuídas em várias fazendas nos municípios de Paragominas e Dom Eliseu, na região Nordeste do Pará, bem como em Rondon do Pará, entre outros municípios.

1685994“A experiência com esta pesquisa foi sensacional. A região Norte é de uma magnitude incomensurável para ciência, a biodiversidade nos proporciona um estímulo ainda maior para pesquisar. Já foram desenvolvidos vários trabalhos acadêmicos de conclusão de curso nesta área da fitorremediação com os estudantes da Femma, inclusive gerando algumas boas publicações e colaborando assim com a Ciência na região Norte. É de uma satisfação muito grande cumprir o dever de pesquisador. Nosso compromisso com a Ciência é colaborar com o planeta e com a sociedade de um modo geral. Sinto-me realizado”, destacou Kidelmar Dantas.

“Quero agradecer à Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará e a Faculdade de Engenharia de Minas e Meio Ambiente, na pessoa do professor Dr. Denilson Costa, ao Prof. Dr. Sebastião Silva da Faculdade de Química. À Empresa Vale S.A., pelo apoio financeiro para realização da pesquisa. À Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, pela infraestrutura disponibilizada para condução do experimento”, pontuou.

Ainda segundo o professor, já foram encaminhados 3 artigos para publicação em Revistas Científicas.

Perfil Profissional

Fernando Kidelmar Dantas de Oliveira, Professor, Engenheiro Agrônomo, Mestre, Doutor em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) exerce sua função há 11 no Estado do Pará (UFPA e Unifesspa). É casado e pai de três filhos: Kanauã Vieira Dantas, Kainã Vieira Dantas, Emanoel Raony Dantas de Oliveira.

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