Seminário Multicampi de Assistência Estudantil da Unifesspa acontece em Marabá
“Diálogos sobre a assistência estudantil na Unifesspa” foi a temática do Seminário de Assistência Estudantil realizado nesta quinta-feira, 13 de junho, em Marabá. A mesma programação foi realizada nas Unidades I e II para que o evento cumprisse seu objetivo principal: promover espaços de diálogo com toda comunidade acadêmica da Unifesspa.
De iniciativa da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Estudantis (Proex) da Unifesspa, o evento tem apoio dos Institutos fora de sede, da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (Proeg), do Núcleo de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade da Unifesspa (Nuade) e do Núcleo de Acessibilidade e Inclusão Acadêmica (Naia).
O debate se deu em torno do Programa Nacional de Assistência Estudantil, Decreto n° 7234/2010, que tem por finalidade a ampliação as condições de permanência dos jovens no ensino superior.
A abertura foi feita pelo reitor da Unifesspa, professor Maurílio Monteiro, e o professor Diego Macedo, pró-reitor da Proex. “Nos últimos anos, por força da articulação social, um conjunto expressivo de estudantes em situação de vulnerabilidade social ingressaram na universidade. No entanto, esta entrada deve ser complementada e diretamente articulada com a política de assistência estudantil para que se dê aos estudantes condições mínimas para aquisição de material didático, alimentação, transporte, lazer para que sua presença seja profícua e produtiva para eles e para a sociedade brasileira”, disse o reitor.
O professor Fábio Araújo, diretor de Integração e Assistência Estudantil da Proex, apresentou o resultado da V Pesquisa de Perfil dos Graduandos das IFES, realizada pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) em 2018 na qual mostra que “91,8% dos estudantes da Unifesspa vivem em unidades familiares que tem renda per capita de no máximo 1,5 salário mínimo. Esta é sim uma universidade do povo, de filhos de trabalhadores que precisam de condições de permanência no ensino superior”, disse o diretor.
São os estudantes como Daniele Bruna e Eguinaldo que confirmam esses dados. Daniele é de Ananindeua e vivia lá com os avós. A renda mensal da família é o salário mínimo de aposentadoria do avô, mas mesmo assim, veio a Marabá para cursar Ciências Biológicas. “Meu curso é integral, então nem posso pensar em trabalhar. Por isso, a assistência estudantil tem sido importante para minha graduação, mas não só em auxílios. Também já fui conversar com os assistentes sociais em momentos de aflição”, destacou a estudante.
De Tomé Açu, filho de agricultores, Eguinaldo atravessou a graduação com apoio de auxílio permanência e bolsa de iniciação científica. “Eu vivi a transição da UFPA para Unifesspa e vi a diferença de sermos uma universidade independente. Por exemplo, em 2012, foram ofertados 57 auxílios moradia pela UFPA e, em 2017, a Unifesspa ofertou 140”, falou ele que é egresso de Agronomia e, hoje, é servidor público no Instituto Federal do Pará (IFPA) e mestrando no Programa de Pós-Graduação em Dinâmicas Territoriais e Sociedade na Amazônia (PDTSA) na Unifesspa.
No encerramento, a Galeria Vitória Barros lançou a Mostra Fotográfica VER-A-CIDADE, realizada anualmente em comemoração ao aniversário de Marabá, que ficará na Unifesspa nos dias 13 e 14 no Tapiri da Unidade I e nos dias 17 e 18 no hall de entrada do prédio multiuso da Unidade III.
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