Intercâmbio de Saberes: Unifesspa articula ações com Povo Suruí/Aikewara
Com o objetivo de articular ações de extensão com o Povo Suruí/Aikewara, a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), por meio da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Estudantis (Proex), esteve, no dia 8 de agosto de 2019, na Terra Indígena (TI) Sororó. Em uma primeira reunião realizada em julho, para acompanhar a proposta de Plano Básico Ambiental (PBA), apresentado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), outras instituições participaram para conhecer a realidade da TI.
“Acreditamos que as universidades e os institutos federais podem contribuir conosco num diagnóstico social, econômico e ambiental da nossa TI. E ainda, ações práticas principalmente pro uso da terra de forma sustentável”, disse o Cacique Mairá Suruí.
O professor Evaldo Gomes Júnior, Diretor de Ação Intercultural na Proex/Unifesspa, destacou o momento como importante conhecer as demandas da comunidade indígena. “Nossa intenção é que iniciemos com atividades extensionistas dentro da própria TI. No entanto, precisamos primeiro ouvir e verificar quais as necessidades das comunidades que compõem a Sororó”, afirmou.
Os missionários do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) também participaram da reunião. De acordo com Gilmar Adílio de Oliveira, que já desenvolve trabalhos na comunidade, há mais de 15 anos, destacou a necessidade do diagnóstico e de articulações que os Suruí/Aikewara podem fazer tanto com a Unifesspa e outras instituições em relação ao solo e de seu uso.
“Para iniciar, incluiremos a TI Sororó e aldeias vizinhas, no Programa Intercâmbio de Saberes, que iniciou esse ano em parceria com assentados da região. E articularemos parceria com outros órgãos públicos e movimentos sociais para planejar o diagnóstico da área”, completou o professor Evaldo Gomes Jr.
O Programa Intercâmbio de Saberes tem o objetivo de promover cursos de extensão para atendimento da demanda de movimentos sociais populares e outros setores da sociedade que constantemente dialogam com a Unifesspa. Em sua primeira edição, envolveu assentados e indígenas, incluindo um representante do povo Suruí, no curso modular de Sistemas Agroflorestais Agroecológicos.
“É uma ideia muito importante porque temos alguns cultivos aqui que não têm dado certo. Hoje, só dá aqui mandioca e banana e, o arroz, só nasce amarelo. Precisamos entender o nosso solo”, disse Francisco Suruí, atual coordenador da escola da comunidade central.
Assim, como encaminhamento da reunião, um próximo encontro será agendado para que professores do Programa Intercâmbio de Saberes façam análise da área para preparação do curso específico aos Suruí/Aikewara.
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