Unifesspa participa de reunião com aldeias da terra indígena Sororó
A convite do Povo Suruí Aikewara, a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), participou ontem, 20 de agosto, na Terra Indígena Sororó (TI Sororó), da reunião para apresentação do Plano Básico Ambiental (PBA) de estudo e ação de controle e mitigação dos impactos da BR 230.
Estiveram presentes as sete lideranças das aldeias que compõem a TI Sororó; o professor da Unifesspa Evaldo Gomes Júnior; o representante do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) Gilmar Adílio de Oliveira; professoras do Instituto Federal do Pará Campus Marabá; representantes da Ecoplan Engenharia; representante local do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) e da Fundação Nacional do Índio local e de Brasília.
A participação da Unifesspa se deu em função das atividades que estão sendo articuladas com a comunidade, já que o Plano Básico Ambiental mostra impactos e apresenta programas a serem desenvolvidos pelo DNIT como a comunicação social, o desenvolvimento local, monitoramento ambiental, entre outras ações, após consentimento com as aldeias da TI Sororó.
Para Mairá Suruí, cacique da Aldeia Sororó, a presença da universidade é um apoio na análise do que o DNIT se propõe a desenvolver. “Passamos uma semana em oficina, gravando e escrevendo depoimentos sobre nossas demandas, mas elas não foram apresentadas no PBA do DNIT e, por isso, não foram aceitas. Mas a presença da universidade contribui conosco nessa caminhada e podem ver quais os impactos reais causados em nossa TI”, disse ele que é cacique de uma das sete aldeias que compõem a área.
“Quando o DNIT, a Ecoplan e a Funai viram que nós não estávamos sós, foi um impacto para eles. E, para nós, um ganho porque, outrora, nossas reivindicações eram de forma aleatória. E a universidade, o CIMI, nos ajudam a fazê-las de forma mais sistemática e que correspondam com o que realmente estamos vivendo”, disse o cacique da Aldeia Itahy, Welton Suruí.
Hoje, quase 700 indígenas compõem a TI Sororó. Os presentes destacaram impactos não só com a aproximação do “branco” dos indígenas, mas também das estradas como a BR 153, a produção agropecuária e mineração. “Para nós, é mais um momento em que podemos diagnosticar de que forma podemos contribuir com essa comunidade. Tudo o que foi apresentado de impacto nos ajuda a trazer propostas que realmente dialoguem com as necessidades da TI”, falou o professor Evaldo Gomes Júnior, diretor de Ação Intercultural da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Estudantis da Unifesspa.
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