Projeto “Carta Amarela” marca o mês de setembro na Unifesspa
O mês do “Setembro Amarelo” chegou com uma característica diferente na Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), alunos se uniram para mostrar uma ação empática e aprofundada desse mês.
O Projeto “Carta Amarela”, se fundamenta na criatividade e na disponibilidade de alguns alunos da Unifesspa de mudar essa realidade em um ambiente universitário, em que muitos alunos se encontram tristes, angustiados por causa das pressões do dia a dia e até mesmo depressivos.
Segundo o aluno Carlos Eduardo Páscoa Alves, do curso de Letras/Português, a “Carta Amarela” é um meio pelo qual qualquer aluno poderá escrever uma carta para alguém que precisa receber palavras de apoio, de motivação, de suporte à autoconfiança e autoestima. “Queremos agregar essa estratégia no ambiente acadêmico, envolvendo o maior número de pessoas que entendam que há outros aqui na Universidade que sofrem de crises de ansiedade, depressão e, que, muitos desses casos, podem levar ao suicídio”, disse.
Ainda segundo Eduardo, “é uma ação humanitária, e estamos com isso, olhando com carinho por quem precisa. As cartas serão entregues para ‘Os Carteiros’, que estarão munidos de uma Bolsa Amarela, recebendo-as, sendo eles mesmos os responsáveis por sua entrega de acordo com o endereço do discente (nome, sobrenome, além do curso e ano), afim de que elas sejam entregues aos seus respectivos destinatários. Ficaremos felizes em manter o projeto, pois visa ser uma 'mão que puxa para o abraço' que muitos não recebem da família, de quem se sente sozinho ou quem apenas precisa disso, de força”, destacou.
A quem se destina e quem pode participar?
O Projeto se destina, por hora, aos alunos da Unifesspa, sendo uma iniciativa que pretende influenciá-los a enviar cartas à pessoas que se encontram em estado de depressão.
Para Eduardo, qualquer discente que se sentir apto e nas condições de ajudar nesse projeto é bem-vindo. “As atividades são divididas e serão cada vez mais criativas, pois a expectativa é de que o mês de setembro seja apenas o início. Recebemos uma proposta de manifestar esse projeto para além dos muros da universidade, pois o que é colocado nesse mês é o desejo de tratarmos o outro com integridade, bondade e de sermos pessoas que verdadeiramente se importam com o ser humano”, observou.
O projeto terá início oficialmente na segunda-feira, 09 de setembro. Ainda segundo o aluno “a organização está empolgada e muito satisfeita com o que esse projeto pode gerar na vida de outras pessoas”, disse.
Quem teve a ideia e quem está à frente?
O aluno Carlos Eduardo Páscoa Alves, tem 19 anos e é discente de Letras-Português. Segundo ele, a história do projeto começou quando ele foi abordado pela amiga e aluna do Emancipa - Kelrily Farias, na última semana de agosto. Na ocasião, ela mostrou-lhe uma ação feita numa escola. A ação mostrava cartazes espalhados com mensagens fortes e motivadoras acerca do que representava se importar com alguém, pois muitas vezes não sabemos ver com bondade as histórias que algumas pessoas viveram e vivem até hoje. Ele e Kelrily, de 23 anos, resolveram então pensar em algo para colocar em prática na Unifesspa, quanto ao “Setembro Amarelo”. Somente no fim de agosto conseguiram pensar em algo mais ousado, que poderia tomar proporções de algo maior que eles dois pudessem imaginar. A priori, eles não tinham um nome para o projeto, mas montaram um grupo com algumas pessoas e apresentaram a ideia. Foram mantendo e articulando meios de apresentar o projeto a algumas pessoas. O plano, segundo eles, era apresentar o que tinham projetado afim de chamar a atenção de alunos de psicologia, que, felizmente, deu certo.
A “Carta Amarela” ficou conhecida por alguns alunos da Psicologia, pois eles estavam desejosos em fazer algo nesse mês tão significativo, entretanto, os idealizadores do projeto acabaram conquistando outros alunos de cursos de História, Engenharia Química, Ciências Sociais, Engenharia Mecânica, Sistema de Informações, entre outros discentes que estão surgindo também interessados no projeto e em ajudar a torná-lo realidade na Unifesspa.
O projeto nasceu, eles começaram a ‘engatinhar’. E, em pouco tempo, tem conquistado muitos adeptos e colaboradores. Segundo os idealizadores, a proposta é de mostrar caminhos para ajudar e agregar um ambiente motivador e de empatia dentro da Unifesspa.
“Existem alunos com suas histórias de vida e essas histórias muitas vezes desconhecemos. Essas pessoas acabam desabafando e confiando suas histórias de vida a alguém que não é um profissional da área de psicologia. Com o projeto, vamos informar como conseguir ajuda e influenciar para que a busquem, pois nos importamos com nossa comunidade acadêmica, queremos vê-la saudável e motivada a estar aqui todos os dias produzindo conhecimento”, concluiu entusiasmado Eduardo.
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