Reitoria se reúne com empresas e busca estratégias para manutenção dos serviços essenciais
A Administração Superior da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) se reuniu, na tarde desta terça-feira (10), no Gabinete da Reitoria, com representantes das empresas que fornecem mão de obra para os serviços essenciais da Universidade, como limpeza, segurança, manutenção predial, refrigeração e motoristas.
O objetivo era comunicar às empresas, de forma detalhada e transparente, a realidade orçamentária da Unifesspa e os riscos iminentes de suspensão das atividades de ensino, pesquisa e extensão, a partir do mês de outubro.
O reitor Maurílio Monteiro demonstrou a preocupação da Unifesspa com os prejuízos eventualmente ocasionados com uma possível suspensão de contratos, a exemplo da demissão de cerca de 200 colaboradores terceirizados que atuam na Instituição. Por isso, buscou delinear, em conjunto com as empresas, estratégias para garantir a manutenção desses postos de trabalho e a continuidade dos serviços.
Durante a reunião, o secretário de Infraestrutura da Unifesspa, Lucas França, responsável pela gestão de alguns desses contratos, mostrou um quadro com os cenários orçamentários: um diante da possibilidade de desbloqueio do orçamento, a partir da primeira quinzena de outubro; e outro considerando a manutenção do contingenciamento. Os representantes das empresas demonstraram sensibilidade com a situação de crise vivenciada pela Unifesspa e demais universidades federais do país e externaram interesse em dialogar e construir alternativas para evitar demissões, mesmo que envolvam a possibilidade de atraso nos recebimentos.
“Participamos de outras reuniões com instituições que também estão em crise, todas já comunicando o encerramento dos contratos. A Unifesspa, ao contrário, foi a primeira a nos estimular a pensar alternativas, que não a mais drástica”, disse Renato Bessa Sobrinho, representante da empresa CopBessa, prestadora de manutenção dos serviços de refrigeração, otimista diante do cenário de crise. O diretor comercial da empresa Polo Segurança, Marcio Moscoso, que mantém 60 vigilantes trabalhando para a Unifesspa, elogiou a atitude da Reitoria em demonstrar preocupação com os terceirizados e afirmou que a empresa está disposta a propor soluções para continuar suas atividades, mesmo diante da limitação orçamentária.
“O serviço de vigilância é essencial e nós sabemos que cumprimos um importante papel para o funcionamento da universidade. A gente enxerga que, nesse momento, precisamos nos dar as mãos e apoiar a instituição para que ela continue cumprindo sua missão, que é a educação”, comentou.
Também participaram da reunião, a pró-reitora de Administração da Unifesspa, Marcele Menezes, o secretário de Planejamento, Rogério Marinho, o chefe da Divisão de Contratos, Rayson Vieira; os representantes das empresas Cleibiane Dantes (Pinheiro); Renato Bessa (CopBessa); Márcio Moscoso (Polo Segurança); Jéssica Lima (LimpCar) e Marcelo Henrique (LG).
Ações em defesa da Unifesspa
Além de conversar com as empresas prestadores de serviços, a Unifesspa tem mantido permanente diálogo com os órgãos governamentais e recebido apoio de entidades e organizações, a exemplo do Ministério Público Federal, que ajuizou na tarde desta terça-feira (10), uma ação na Justiça Federal com pedido de decisão urgente para a suspensão do bloqueio de recursos da Unifesspa, além de solicitar que sejam impedidos novos bloqueios.
A Unifesspa segue, ainda, promovendo ações em defesa da Instituição, que contam com o engajamento e apoio de diversos segmentos da sociedade regional. Na próxima quinta-feira (12), haverá uma grande mobilização no Campus Marabá com a participação da comunidade acadêmica e sociedade, com diversas manifestações artísticas e culturais em defesa da Unifesspa.
Serviço:
Ato público em defesa da Unifesspa
Data: 12 de setembro (quinta-feira)
Hora: Às 9h, 15h e às 19h, na Unidade III, II e I respectivamente.
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