Processos judiciários da Comarca de Marabá estão em exposição na Unifesspa
Quem passou pelo Tapiri da Unidade I do Campus de Marabá na manhã desta quarta-feira (25) viu processos judiciais de um período que vai de 1923 a 1988 em exposição. Era a ação "Marabá: suas terras, suas gentes e suas histórias contadas através dos processos judiciários", do Centro de Referência em História e Memória do Sul e Sudeste do Pará (CRHM), uma parceria entre a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) com o Fórum de Justiça da Comarca de Marabá.
A exposição que ficou durante todo do primeiro dia da Jornada de Ensino, Pesquisa e Extensão da Unifesspa (JEPE) trouxe ao público parte dos documentos pertencentes ao acervo do CRHM, através dos quais faz um resgate de temáticas importantes para a história região, dentre as quais as ocupações de áreas de florestas e relações de trabalho nos ‘castanhais’, o acesso ao direito de voto por mulheres trabalhadoras, as políticas sociais para regulação do trabalho infantil, os impactos das mudanças legislativas nacionais sobre as relações de família na região, dentre outras temáticas.
“O objetivo foi democratizar o acesso da comunidade acadêmica aos documentos e dar visibilidade para que desenvolvam maior interesse na elaboração de pesquisa, utilizando o acervo. Notamos a curiosidade, muitos não conheciam o centro e interesse pelo material”, destacou a professora doutora Letícia Pantoja, coordenadora do Centro.
Vagner Roberto ficou impressionado com os processos, já Kelisson Santos destacou o estilo de escrita dos documentos. Os dois são estudantes do curso de bacharelado em Geografia e gostaram da iniciativa. “Eu achei interessante para vermos, por exemplo, cartazes antigos, com uma escrita diferente da atual que conhecemos hoje”, disse o estudante Kelisson Santos.
Mas, não foi só a comunidade acadêmica que circulou por lá. Enquanto esperava a filha que estava a caminho da Unidade I, Ivan Dias aproveitou para conferir a exposição e ressaltou a importância da Unifesspa em iniciativas como essa. “Quando vejo esse tipo de ação, reforço o entendimento de que a universidade é o espaço do conhecimento, mas também de socialização do que ela produz em parceria com a sociedade em geral. Aqui tem o interesse dos estudantes, professores pela nossa região numa clara atividade de ensino, pesquisa, extensão. Lá fora ouvimos muita bobagem, vemos a falta de orçamento com esses cortes na educação, mas o que precisamos é de mais educação, mais conhecimento para um futuro melhor”, concluiu Ivan Dias.
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