Pesquisadores da Unifesspa querem entender como o isolamento social e a covid-19 podem impactar a saúde mental
Pesquisadores do Núcleo de Estudos em Neurociências e Comportamento e do Núcleo de Estudos em Práticas Psicossociais e Saúde, da Faculdade de Psicologia da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Fapsi/Unifesspa), estão tentando entender como o isolamento social dos indivíduos pode afetar a saúde mental das pessoas nesse tempo de pandemia.
No momento em que as políticas de Estado em relação ao isolamento são flutuantes e ambíguas, o objetivo da pesquisa é entender quais fatores podem contribuir para os sentimentos de ansiedade, preocupação, tristeza, e estresse que podemos sentir nesse período, e como alguns fatores do isolamento podem aumentar nossa chance de desenvolver transtornos mentais comuns.
O estudo está em fase de recrutamento de participantes, e acontece inteiramente on-line. Podem participar da pesquisa brasileiros (naturais ou naturalizados) que tenham mais de 18 anos de idade, e que estejam ou não praticando o isolamento social. Para participar, acesse o formulário em https://www.is.gd/covidSaudeMental .
Na pesquisa, os participantes irão responder perguntas sobre suas práticas de isolamento social, sobre sentimentos e emoções que estão vivenciando nessa pandemia, e sobre como enfrentam essa situação, bem como sobre como vivenciam a solidão e o isolamento. A pesquisa é de caráter voluntário, e foi aprovada pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa.
Na ausência de vacinas ou medicamentos que sejam efetivos no tratamento da COVID-19, a única solução para diminuir a infecção, as mortes, e o impacto sobre o sistema de saúde é o isolamento social. As taxas de isolamento, no Estado do Pará, têm flutuado bastante, o que pode refletir uma tentativa de escapar desses sentimentos negativos que aparecem no isolamento. “Entender quais são os efeitos nessa situação de pandemia e o que influencia esses efeitos pode ser muito importante para propor novas formas de isolamento que não impactem tanto a saúde mental das pessoas”, afirmou o Prof. Dr. Caio Maximino, um dos responsáveis pela pesquisa.
O Prof. Dr. Normando José Queiroz Viana, também responsável pela pesquisa, opina: “Do ponto de vista qualitativo, é relevante levantar a forma como as pessoas conhecem e entendem a COVID-19 e, neste contexto, como percebem a si mesmas, a interação com outras pessoas e as decisões que podem vir a tomar a partir destas avaliações.” Por isso, a pesquisa pode ser importante para entender impactos do isolamento e da solidão na saúde mental, bem como propor políticas públicas que preservem o bem-estar psicológico.
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