Parque de geração de energia solar é inaugurado e Unifesspa garante usinas em todos os campi
Nesta quinta-feira (9), a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) avançou mais uma etapa para a autossustentabilidade em energia elétrica, via painéis solares. Em cerimônia híbrida, o Parque de Geração de Energia Solar foi formalmente inaugurado e entregue à comunidade acadêmica e à população, que poderão usufruir da produção energética gerada pela universidade.
A cerimônia, transmitida ao vivo via plataforma webconferência da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), contou com a presença de servidores e gestores de diversas unidades administrativas e acadêmicas e com a participação do reitor, prof. Dr. Francisco Ribeiro, da vice-reitora, profa. Dra. Lucélia Cavalcante, com o secretário de infraestrutura, Lucas França Rolim, e com o secretário de Educação superior do Ministério da Educação (Sesu/MEC), Wagner Vilas Boas de Souza.
Segundo a Secretaria de Infraestrutura (Sinfra), Só em 2020, houve um aumento de 410% em potência instalada de geração fotovoltaica. “Este é um grande avanço da Unifesspa, em termos de estrutura, que responde a uma necessidade direta e considerável da instituição que é a manutenção do fornecimento de energia. Além de fazer frente ao custo elevado e à crise energética atual, a Unifesspa também passar a ser referência regional nesta questão”, destaca o titular da secretaria.
Nos últimos anos, a Unifesspa vem investindo estrategicamente em soluções para ajudar a otimizar os recursos financeiros destinados à Instituição, que, cada vez mais, são reduzidos. Um dos exemplos é o Parque de Geração de Energia Solar.
Com usinas de geração de energia fotovoltaica nos cinco campi da Instituição, atualmente o parque tem capacidade de gerar, aproximadamente, 100 mil kWh/mês. Além de ser uma importante iniciativa de consumo sustentável e ecologicamente correto, a geração de energia solar também apresenta outros benefícios à Unifesspa.
É que com uma conta de eletricidade mais barata é possível direcionar os escassos recursos para outras ações, especialmente aquelas dedicadas ao ensino, pesquisa e extensão. Além disso, a produção desse tipo de energia também possibilita o desenvolvimento de pesquisas voltadas à inovação e transferência tecnológica nas cidades onde há campus da Unifesspa.
A vice-reitora da Universidade destacou o avanço ao longo dos últimos anos na questão e enfatizou a relação com as atividades acadêmicas. “Não conseguiríamos desenvolver nossas atividades de ensino, pesquisa e extensão, que é o nosso fim, sem energia. Saber que agora nos mantemos nesse quesito dá tranquilidade para a gestão investir os poucos recursos disponibilizados para a universidade para outras áreas prioritárias”, enfatizou Cavalcante.
No último mês de abril, por exemplo, a Unifesspa conseguiu economizar mais 95% em relação ao seu consumo. Ou seja, de cada R$ 100 que seriam pagos à concessionária de energia elétrica, somente R$ 5 saíram do orçamento da universidade. O restante foi pago pela energia gerada por meio dos painéis solares. Vale destacar que, atualmente, a Unifesspa passa por um momento atípico, com suas atividades presenciais suspensas, mantendo apenas o funcionamento de algumas unidades acadêmicas e administrativas de serviços essenciais. Por isso, o consumo de energia tem sido menor com salas de aulas vazias.
O titular da Sesu/MEC destacou a iniciativa da Unifesspa. “Tenho acompanhado nos últimos anos o passo-a-passo da Instituição na construção do Parque e é com satisfação que vejo esse projeto concretizado, com usinas em todos os campi da Unifesspa e a universidade tornando-se uma referência na produção de energia e conhecimento nesta região da Amazônia.
“Este Parque foi baseado em uma dissertação, em um trabalho científico, o que demonstra, mais uma vez, que muita das nossas soluções podem ser encontradas na produção de conhecimento nas universidades. Além disso, a Unifesspa dá uma resposta social, na medida em que o Parque é inaugurado bem no auge de uma crise hídrica, que coloca em xeque o modelo de produção de energia no Brasil, fundamentado em hidrelétricas. Na Amazônia, o potencial da energia solar é alto. Agora, estamos usando a nosso favor”, destacou o reitor, Francisco Ribeiro.
Transparência Ativa
A Secretaria de Infraestrutura (Sinfra), por meio da Divisão de Serviços de Engenharia e Manutenção (Disem), disponibiliza uma página na internet em que é possível acompanhar a produção de energia fotovoltaica na Unifesspa. Na página, há dados como: capacidade, média diária e total mensal de geração, além do valor que isso representa na redução da conta de energia paga à concessionária. As informações estão formatadas em gráficos e tabelas e possuem detalhamento por campus.
A expectativa da Sinfra é que a partir do retorno das atividades presenciais, o parque de energia solar tenha capacidade de geração de cerca de 45% do consumo mensal. Essa redução se dá tanto pelo consumo direto da energia elétrica gerada pelo parque ao invés da energia fornecida pela concessionária, quanto pelo abatimento dos valores gerados em dias e horários de baixo consumo.
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