Unifesspa e Sectet assinam Protocolo de Intenções do Projeto “Polo de Referência em Construção Civil no Sudeste do Pará”
A assinatura do Protocolo de Intenções do Projeto “Polo de Referência em Construção Civil no Sudeste do Pará” aconteceu na manhã desta quarta-feira (22) no auditório do campus III da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa). O projeto é uma parceria da Unifesspa com a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica (Sectet).
Entre os presentes no evento, compuseram a mesa: o Reitor da Unifesspa, Francisco Ribeiro; a Vice-reitora, Lucélia Cardoso; o presidente da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisa (Fapespa), Marcel Botelho; o Secretário da Sectet, Carlos Maneschy; a secretária adjunta da Sectet, Edilza Fontes; o Coordenador do Programa Forma Pará, Raimundo Oliveira; o professor engenheiro civil, Carlos Maviael e o Professor arquiteto, Tarcísio Simas.
Entenda sobre o projeto
A Carreta é um laboratório móvel de quase 100m² com os equipamentos necessários para a formação de estudantes dos cursos de graduação em Engenharia Civil e Arquitetura e Urbanismo. Além disso, também ofertará gratuitamente cursos de qualificação profissional para a comunidade dos municípios onde a Carreta estacionar. São mais de 80 cursos de capacitação voltados para a construção civil, tais como mestre de obras, pedreiro, pintor, encanador de obras, instalador hidráulico, leitura e interpretação de projetos, dentre outros.
A Carreta da Construção Civil percorrerá os municípios onde a Unifesspa oferta os cursos de Engenharia Civil e Arquitetura e Urbanismo, inclusive os que são ofertados por meio do programa Forma Pará, do governo do estado: Santana do Araguaia, Redenção, Rio Maria, Eldorado dos Carajás, Marabá, Rondon do Pará, dentre outros municípios da região que manifestarem interesse nos cursos.
Capacitação Profissional
De acordo com Tarcísio Simas, a ideia do projeto é contribuir com a formação e capacitação da construção civil e reduzir o déficit de arquitetos e engenheiros no interior do país. Além disso, também é gerar capacitação profissional nas áreas de pedreiro, pintor, eletricista e diversas atividades que complementam essa área. “Esperamos que essas pessoas, estando mais capacitadas, tenham melhor oportunidade de empregos, que possam melhorar a geração de renda e também que isso contribua para o desenvolvimento regional; que possa gerar cidades mais acessíveis e sustentáveis. Cidades, edifícios e infraestrutura”, descreve.
Dentro do projeto serão disponibilizados diversos cursos com os mais variados níveis de qualificação, para quem tem ensino fundamental, médio, para graduandos ou até graduados. Segundo Carlos Maviael, cada cidade parceira deve avaliar suas necessidades para que o projeto trabalhe de forma pontual e individualizada. “Temos vários projetos e cursos. Nós enviaremos o catálogo de cursos para cada secretaria e dentro disso, o município vai avaliar quais dos cerca de 80 cursos serão necessários para sua região. Cada curso tem sua especificação e exigências de materiais que serão necessários para uso”, informou.
O engenheiro civil explica ainda que dentro do projeto da carreta da construção civil existe uma máquina e fabricação de bloquete. Enquanto o caminhão está em um determinado município, e a comunidade está se qualificando por meio dos cursos ofertados, o caminhão poderá, com os insumos fornecidos pela prefeitura, ser operado para produzir bloquete para a pavimentação de sua região. “Por dia, podem ser produzidos bloquetes para mais de 8 km de pavimentação”, ressaltou.
Expansão
Dentro do Polo de Referência da Construção Civil haverá a possibilidade de avanços de novos conhecimentos, além dos já adquiridos que serão ofertados à comunidade. O trabalho será executado com inovação, avançando em novos conhecimentos, com o desenvolvimento de projetos pioneiros no sudeste paraense, que leve em consideração o clima local, os recursos e o desenvolvimento sustentável. “Isso pode se desdobrar em serviços de extensão para a comunidade, como por exemplo, projetos de assistência técnica voltados para o universo da construção civil, para discutir materiais para a pavimentação, discutir quais seriam os melhores tipos de projetos de arquitetura para o clima nosso, enfim gerar conhecimento que possam se desdobrar em até novos cursos de capacitação”, pontua Tarciso Simas.
Na ocasião o reitor da Unifesspa fez analogia com a construção para falar sobre a universidade pública. “A universidade pública se faz com a construção comum de pensamentos e só contando com o apoio de todos é que ela será fortalecida em todas as suas ações”, destacou. O reitor aproveitou a oportunidade ainda para agradecer ao apoio do governo do estado com o incentivo a ciência, com o custeio de diversas bolsas de pesquisas, por meio da Sectet. Agradeceu também ao projeto Forma Pará pela expansão do ensino superior. “Municípios, estados e universidade em um esforço coletivo de democratizar o acesso ao ensino superior. Ações que ajudem essa região a se desenvolver, esse é o papel da universidade, diminuir a desigualdade. Essa união vai fazer com que nós cresçamos”, destacou.
Carlos Maneschy falou sobre a importância da educação reforçando que é fundamental o estado também financiar atividades das universidades, seja ela estadual ou federal. “A população não quer saber se o recurso é do estado, da união ou município. A população quer saber do retorno para o que ela dá de impostos em qualquer nível de governo. Iremos continuar aportando recursos nesses programas e em outros programas que envolvem as universidades do estado e as instituições de pesquisa de maneira geral”, afirmou.
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