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Projeto criado pela FAPSI da Unifesspa oferece apoio psicológico para pessoas que vivem com HIV/AIDS

  • Publicado: Quarta, 27 de Outubro de 2021, 17h11
  • Última atualização em Quinta, 28 de Outubro de 2021, 10h51
  • Acessos: 1258

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A Faculdade de Psicologia (FAPSI), do Instituto de Estudos em Saúde e Biológicas (IESB), da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) abre as inscrições para o “Projeto Acolher e Ouvir” que tem como objetivo, oferecer apoio psicológico para pessoas que vivem com HIV/AIDS com foco no acolhimento, suporte social e adesão ao tratamento. As ações serão desenvolvidas remotamente (online) via Google Meet por estagiários(as) FAPSI, supervisionados pela Profª Drª Mayara Barbosa Sindeaux Lima.

Para participar do "Projeto Acolher e Ouvir" a pessoa deve ser maior de idade e preencher o formulário de inscrição, presente no link (https://forms.gle/MwdDKf3UAmW22G8y9). Após o recebimento da inscrição a equipe de estagiários entrará em contato via ligação telefônica a fim de esclarecer eventuais dúvidas e apresentar o formato da primeira ação, cujo início será no dia 04 de novembro às 19h, via Google Meet. As ações de acolhimento e apoio psicológico no ano de 2021 serão realizadas no período de 04 de novembro a 02 dezembro. A dinâmica das ações (grupais e/ou individuais) serão definidas a partir das demandas identificadas no contato telefônico.

No ano de 2021, o Projeto seguirá as seguintes etapas:

  • A equipe de estagiários (as) entrará em contato, via ligação telefônica, com a pessoa inscrita a fim de levantar as demandas de apoio psicológico e esclarecer eventuais dúvidas sobre o projeto. Caso a PHIV informe que deseja participar das ações que serão realizadas no formato online, via Google Meet, ela receberá por e-mail o link de acesso à sala virtual.
  • Realização das ações de acolhimento e apoio psicológico pela equipe de estagiários (as) no período de 04 de novembro a 02 dezembro, o horário será acordado entre o participante e estagiários (as). Informa-se que a dinâmica das ações (grupais e/ou individuais) serão definidas a partir das demandas identificadas na etapa 2.

Segundo a professora que supervisiona e coordena o projeto, “Os conhecimentos e o cuidado à pessoa com HIV (vírus da imunodeficiência humana) avançaram significativamente desde a descoberta da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA/AIDS). Isto possibilitou que a infecção pelo HIV fosse caracterizada como uma condição crônica, a qual pode ou não levar a um quadro de AIDS. O tratamento disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS), quando seguido corretamente, permite que o avanço da infecção seja controlado. Entretanto, a falta de informação e o estigma associado ao HIV podem impedir que isto ocorra, uma vez que uma parcela das pessoas demora a iniciar o acompanhamento de saúde adequado por medo de realizar a testagem para o HIV ou sente dificuldade para aderir ao tratamento por receio de que outras pessoas saibam do diagnóstico e, por isso, venha a sofrer preconceito e violências.”

O Estado do Pará tem apresentado resultados piores a média nacional em diversos indicadores acompanhados pelo Programa HIV/Aids. Dentre eles: maior taxa de detecção geral, bem como em menores de cinco anos de idade, entre jovens de 15 a 24 anos e em gestantes; além de taxa de mortalidade (Ministério da Saúde, site (Indicadores HIV/AIDS - DCCI). Os dados do município de Marabá também são preocupantes, de acordo do reportagem do Diário do Pará Online publicada em 14 de setembro de 2021, a partir de informações do Centro de Testagem e Aconselhamento de Marabá, somente em  2020 foram diagnosticados 238 casos novos de HIV, sendo 60% em homens e 40% em mulheres (Cresce o número de casos de Aids em Marabá  | Marabá | DOL Carajás).

Este cenário mobilizou a Faculdade de Psicologia do Instituto de Estudos em Saúde e Biológicas da Unifesspa, especialmente a Profa. Dra. Mayara Barbosa Sindeaux Lima e um grupo de estagiários (as) do último ano do curso de Psicologia a construírem o Projeto Acolher e Ouvir.  Um dos desafios é estimular que o público-alvo busque ampliar suas redes de apoio formal e informal, o que inclui a própria participação no "Projeto Acolher e Ouvir", tendo em vista que uma parcela das pessoas que vivem com HIV/AIDS se isolam e se distanciam, até mesmo de projetos e/ou serviços que visam promover saúde e bem-estar, devido ao medo de exposição de sua identidade e de sofrer algum tipo de represália.

Neste sentido, é importante reforçar que todos os preceitos éticos do Código de Ética do Psicólogo (a), bem como a Resolução CFP nº 04/2020 (Dispõe sobre regulamentação de serviços psicológicos prestados por meio de Tecnologia da Informação e da Comunicação durante a pandemia do COVID-19), serão assegurados, inclusive o sigilo das informações dos (as) participantes.

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