Apesar de recuo, inflação local preocupa e custo da cesta básica segue maior que o salário mínimo
A inflação para mês de outubro, em Marabá, recuou após uma longa sequência de alta nos preços de itens básicos de consumo e serviço. No período, o índice registrado foi de 0,72% ante os 1,52% registrados no mês passado. A média nacional estimada para outubro foi de 1,24% de inflação.
Confira aqui o boletim da inflação local de outubro!
Os dados são do Índice de Preços ao Consumidor do munícipio de Marabá (IPC-MBA), divulgado esta semana pelo Laboratório de Inflação e Custo de Vida de Marabá (LAINC), da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa).
Entre os três grupos de despesas essenciais de consumo, o destaque fica por conta do grupo “Alimentação e Bebidas”, que compromete, aproximadamente, a 43% do orçamento familiar e que por isso, por menor que seja a variação média dos preços, é o que impacta de forma contundente na inflação local. No acumulado do ano, este grupo regista alta de quase 19%.
Pressão nos preços - No rol de produtos com maiores altas de preços em outubro, quatro são do grupo de Alimentação e Bebidas, o que compromete a segurança alimentar da população de baixa renda de Marabá. São eles: carne moída, frango inteiro, frango congelado e tomate.
Destaque também para inflação de “Habitação” (1,50%); “Artigos de residência” (2,91%) e “Educação” (3,98%), todos acima da média, ainda que compensados pelas variações negativas nos grupos “Vestuário” (-2,55%); “Saúde e Cuidados Pessoais” (-0,14%); “Despesas pessoais” (-1,57%).
Diante dos dados, os pesquisadores do Lainc concluem que ainda que o IPC/Marabá tenha se retraído em outubro, não se deve perder de vista que no acumulado do ano a inflação média mensal é de 1,04%, número sinaliza para uma inflação de 13,19% em 2021. Para fins comparativos, o reajuste do salário mínimo para 2021 foi só de 5,26%, portanto, já corroído pela inflação de Marabá do ano.
O IPC/Marabá está desenhado no sentido de revelar o comportamento dos preços de uma cesta de consumo com 151 itens reunidos em 9 grupos de despesas, conforme metodologia do IBGE, que leva em conta as famílias com até 5 membros e com rendimento nominal na faixa de um até cinco salários mínimos.
Custo da cesta básica - A partir do IPC-Marabá, o Lainc também calcula o custo da Cesta Básica de Consumo Familiar (CBCF). A pesquisa leva em consideração uma cesta com 44 itens de consumo para uma família com até cinco membros e renda na faixa de um a cinco salários mínimos.
O relatório aponta que, em outubro, o custo dessa cesta sofreu sua primeira baixa, desde maio de 2021, caindo -0,09%. Em termos nominais, o custo total foi de R$1.514,24, redução de R$ 1,46 em comparação com setembro. Apesar da queda, o boletim ressalta que o valor nominal da cesta básica se mantém muito distante do valor de um salário mínimo, com uma diferença que ultrapassa a casa dos R$400.
Os grupos de despesa que mais se destacaram dentre os doze que compõem a CBCF, foram: “Despesas Gerais”, “Serviços”, “Carnes” e “Hortifrúti e Granjeiro”. Para acessar o relatório completo, clique neste link!
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