Unifesspa analisa qualidade da água da enchente em Marabá
A Universidade também fará ação de conscientização que apresentará os riscos da recreação realizada nas áreas alagadiças da cidade.
A Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), por meio do Programa de Pós-graduação em Dinâmicas Territoriais e Sociedade na Amazônia (PDTSA) e da Faculdade de Ciências Agrarias de Marabá (Fcam), realiza nesta segunda-feira (17), a coleta de amostras das águas da enchente dos rios Tocantins e Araguaia. A coleta contempla um raio de 400 m², a partir da Orla Sebastião Miranda, em Marabá, para que possa alcançar o maior número de pontos nas ruas atingidas pela enchente nos bairros Francisco Coelho e Santa Rosa.
A coordenadora PDTSA, Andrea Hentz, explica que estas amostras de água serão encaminhadas para o laboratório de solo, água e planta da faculdade de agronomia da Unifesspa onde serão avaliadas as concentrações de colônias de coliformes fecais e totais. O resultado deve ficar pronto em 15 dias.
Também será realizado uma ação de conscientização da comunidade local – com entrega de panfleto e um bate-papo com os moradores das regiões alagadiças - e coleta de lixo nos próximos dias 20, 21, 22 e 23 de janeiro. A ação será realizada com o apoio de bolsistas do Programa Nacional de Cooperação Acadêmica na Amazônia (PROCAD-AM), do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC_CNPq e PIBIC -FAPESPA e PIBIC JR) e com apoio logístico do Batalhão de Infantaria de Selva - 52 BIS.
A pesquisadora Andrea Hentz, que há 20 anos estuda a qualidade das águas dos rios Tocantins e Itacaiúnas, explica a importância da conscientização da comunidade sobre a não utilização das áreas alagadiças como ambiente recreativo. “Sabemos da elevada contaminação dessas águas mesmo no período de estiagem. Com a enchente a situação se agrava por causa do contato das águas com os esgotos e fossas domésticas, bem com o lixo depositado nessas áreas, aumentando assim o potencial de contaminação. Além de existir a possibilidade de proliferação de doenças de veiculação hídrica e a leptospirose. É necessário alertar a população para os perigos em relação ao contato com essas águas”, explica.
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