Gestão da Unifesspa e estudantes indígenas e quilombolas buscam expansão de bolsa permanência
Estudantes indígenas e quilombolas se reuniram nesta segunda-feira (21) com gestão superior da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) em busca de soluções para ampliar bolsa permanência do Ministério da Educação (MEC). A demanda passou a existir desde o MEC reduziu o quantitativo de bolsas para atender as necessidades estudantis de todas as universidades federais brasileiras. Em protesto a redução das bolsas, estudantes manifestaram na frente da unidade 3 da Unifesspa.
O reitor da instituição, Francisco Ribeiro explica que esse programa foi criado desde 2014 houve uma mudança significativa no quantitativo de bolsas. Antes de 2019, os estudantes indígenas e quilombolas que se inscreviam para o programa bolsa permanência, recebiam a bolsa. Esse ano está sendo diferente. Apenas 28 estudantes vão conseguir o subsídio já que foi esse o quantitativo de bolsas destinadas a Unifesspa, sendo que a demanda para este ano é de 270 bolsas.
“Essa demanda não depende da Unifesspa exclusivamente, ela depende do MEC e nós estamos tentando articular junto ao Ministério da Educação o aumento dessas bolsas. Nós estamos articulando nacionalmente porque esse é um problema de todas as 69 universidades federais brasileiras que ao todo receberam 2 mil bolsas para ser distribuídas entre elas, mas a demanda supera 10 mil solicitações de bolsas”, contextualizou.
Com o intuito de dialogar com o Ministério da Educação e com agentes políticos, o reitor da Unifesspa, Francisco Ribeiro, esteve em Brasília na última semana, dos dias 16 a 19 de março no qual apresentou um documento detalhando as necessidades de ampliar o quantitativo de bolsas, no entanto, até o momento não obteve resposta.
David Kakoktyre, estudante indígena, do curso de Educação do Campo da Unifesspa, explica que a reivindicação é sobre a bolsa permanência do MEC que está desde o ano de 2019 sem processo seletivo e com o último governo temos sofrido bastante impacto. “Hoje a Unifesspa tem 106 inscritos entre indígenas e quilombolas, apesar da demanda ser em maior, o Mec liberou apenas 28 bolsas”, pontuou.
A reivindicação dos estudantes em relação a reitoria é uma articulação sobre esse assunto junto ao Mec. “Também pedimos parceria da Unifesspa para fazer uma seleção especial porque hoje a demanda dos estudantes indígenas e quilombolas dentro da unifesspa é bastante preocupante né?! Temos estudantes lá do Amapá e para poder manter esse estudante dentro da unifesspa está sendo um desafio tanto para o nosso colegiado como para a própria universidade que está tentando buscar parcerias”, explica Kakoktyre.
Redes Sociais