Em audiência pública, comunidade acadêmica da Unifesspa debate sobre mobilidade urbana em Marabá
O transporte público do município de Marabá foi pauta da audiência pública que aconteceu na manhã desta quinta-feira (5), na Câmara de Vereadores. A iniciativa partiu da comunidade acadêmica da Unifesspa, que ganhou ainda mais força nesta luta com a participação de moradores de conjuntos residenciais e instituições do entorno da universidade e de outros bairros da cidade.
Na mesa do plenário estiveram presentes o reitor da Unifesspa, Francisco Ribeiro; o presidente da subseção da OAB de Marabá, Rodrigo Alburqueque; o secretário de segurança institucional, Jair Guimarães; o presidente da comissão de transporte coletivo de Marabá, Silva Neto; os representantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Unifesspa, Carlos Eduardo Alves e Maisa Carvalho, e o presidente interino da Câmara, Eloi Ribeiro.
A abertura da audiência pública foi feita pelo reitor da Unifesspa. Durante a solenidade, Fracisco Ribeiro frizou que muitos pontos devem ser discutidos, mas que na ocasião fosse definido pelo menos dois pontos principais: “Queremos sair daqui com, pelo menos, duas coisas: Priorizar a frota de ônibus, maior quantidade de veículos e em mais horários. Isso é urgente”! Outro ponto destacado é o desenvolvimento do aplicativo que monitora o serviço de transporte público no município. “A universidade tem quase pronto um sistema para o aplicativo: cadê o busão, que, se a empresa e a prefeitura toparem, vai nos ajudar muito a não perder a hora e a chegar no tempo certo na sala de aula. Que isso tudo seja informado e manifestando nos sites oficiais a ação para ficarmos a par de tudo”, frizou.
Francisco Ribeiro pontuou ainda como a má qualidade do serviço ofertado tem afetado diretamente o ensino. “Tem aluno reprovando por falta porque nem sempre consegue pegar ônibus, também tem alunos desistindo das aulas por conta de toda a dificuldade que existe em torno do transporte coletivo. Sem contar que o rendimento do aluno em sala de aula cai bastante porque ele demora horas dentro do ônibus para chegar na universidade, e na hora de assistir as aulas, estão muito cansados. Por conta de tudo o que já falamos aqui, é necessário melhorar a qualidade do transporte público”, considerou.
Para o representante estudantil, Carlos Eduardo, é de extrema importância que toda a comunidade entenda que a pauta debatida hoje não se trata apenas de uma “rota universitária”, mas de uma demanda que deve atender a toda a cidade de Marabá. “Esse não é um problema só dos estudantes, mas é uma questão de mobilidade urbana, de todos os que dependem no transporte público. Não há circulação de ônibus suficiente para todo mundo e isso prejudica todos os usuários”, informou.
Outro ponto que foi destacado pela representação estudantil, por meio da estudante Maisa, é que é necessário investir em um portal da transparência e um sistema de monitoramento do serviço do transporte público para que todos possam acompanhar a real situação sobre a circulação dos ônibus.
Encaminhamentos
Entre as mais de 20 falas, de representantes do movimento estudantil, da gestão da Unifesspa, de outras instituições e do poder público, diversas manifestações de protestos também foram registradas. Sugestões de estudos, formação de comissões, realizões de eventos também foram propostas.
Entre as demandas apresentadas pela representação estudantil estão: representação estudantil no Conselho Municipal de Transporte; passe livre, seja por subsídio, seja por isenção fiscal; ampliação da rota universitária; aumento da frota, da qualidade e dos horários dos ônibus; melhoria de vias e da segurança pública; integração entre as rotas para contemplar todos os públicos e instituições; disponibilização de pontos de atendimentos aos estudantes dentro da Unifesspa; site de transparência sobre os investimentos em transporte público; criação de novas rotas para os bairros que não são atendidos; ônibus com acessibilidade de fato para pessoas com deficiência.
E, como pedido de urgência, como ação emergencial, foi solicitada maior quantidade de veículos e em mais horários para o atendimento aos estudantes.
Para finalizar a audiência o reitor agradeceu a participação de todos e da mobilização estudantil. Destacou ainda que o problema com a má qualidade do serviço de transporte público na cidade está trazendo prejuízos para a sociedade e inclusive na qualidade do ensino já que o rendimento estudantil em sala de aula é prejudicado. “O desenvolvimento do conhecimento e de mão de obra de qualidade é o que vão garantir o bom desenvolvimento da região sul e sudeste do Pará então é preciso dar uma atenção especial a tudo o que está sendo discutido aqui”, salientou.
Todos os representantes participantes da audiência também devem compor uma Comissão, que discutirá o transporte em Marabá e as novas providências junto à Prefeitura.
A Unifesspa também está comprometida em continuar o diálogo e as negociações para o aprimoramento do serviço e colaborar no fornecimento de conhecimento científico, por meio de estudos, sistemas, aplicativos e informações sobre as demandas da comunidade universitária.
A ata da audiência será enviada a todos os vereadores e ao prefeito de Marabá, Tião Miranda.
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