Discentes indígenas e quilombolas relatam experiências e histórias de luta durante evento de recepção dos calouros
“Universidade Viva: Fortalecendo vínculos e identidades”. Foi com o esse tema que alunos ingressantes da Unifesspa em 2022 foram recepcionados na manhã desta segunda-feira (11), com uma programação especial na Unidade I da Unifesspa em Marabá. Depois de participarem de uma mesa redonda sobre diversidade e multiculturalidade no ambiente universitário, teve início a roda de conversa com discentes indígenas e quilombolas.
Na ocasião, os veteranos compartilharam com os calouros as experiências vividas dentro da instituição sobre as dificuldades enfrentadas e alertaram sobre a importância da permanência de indígenas e quilombolas dentro da universidade, ocupando uma vaga que é sua por direito. Nesse sentido, a discente Rita Miranda Baião, representante dos quilombolas, compôs a mesa e relatou preconceitos que viveu no início da graduação por ser cotista e destacou: “nós não estamos aqui para roubar a vaga de ninguém”.
Ademais, o indígena Kuktykti jõkakure, 21 anos, calouro do curso de Letras Português, destacou que a sua expectativa está alta para iniciar o curso. Ele afirma estar animado com as novidades que a universidade pode oferecer e com a nova rotina que viverá. Kuktykti relatou ter escolhido a Unifesspa por meio de indicação de outros colegas indígenas que estudaram na instituição e que hoje são excelentes profissionais.
Para a caloura do curso de direito, Jakukreipramré jõkare, “é muito gratificante, enquanto indígena, estar nesse curso, porque a luta dos indígenas é por resistência, sempre na busca pela efetivação dos seus direitos e é importante que esses espaços sejam ocupados por pessoas da luta”.
Ainda, segundo a caloura, estar na universidade, além de ser um sonho pessoal, não vai favorecer somente a ela, mas também os povos indígenas e outras pessoas. “Escolhi a Unifesspa porque meu pai estudou e se formou aqui e vejo na instituição, além de acolhimento aos povos indígenas, muita eficiência”, declarou.
Durante a transmissão do encontro pela internet, o público manifestou sobre a relevância do debate e as experiências que foram apresentadas. “Não sou quilombola, nem indígena, mas tenho minhas dificuldades. E essa fala me emocionou. Obrigada por me motivar a continuar”, afirmou a internauta Josianne Ferreira.
Fique por dentro de tudo que acontece na Calourada 2022 acessando o site unifesspa.edu.br/calouro
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