Professor da Faculdade de Historia faz manhã de formação com professores da rede pública no Museu Francisco Coelho
Nesta sexta-feira (12), o professor da Faculdade de História (Fahist) da Universidade Federal do e Sudeste do Pará (Unifesspa), Dr. Geovanni Cabral, promoveu uma manhã de Formação e Capacitação para os professores e professoras da rede. Com a temática “A escola vai ao museu: Formação de Professores/as, Ensino e Educação Patrimonial”, a formação teve como objetivo refletir a relação escola-museu, pensar de que forma é possível explorar as múltiplas narrativas e espaços do Museu Francisco Coelho. A iniciativa ocorreu a convite da Secretaria de Educação Municipal de Marabá, na organização da professora Regina Batista.
Algumas perguntas foram o pontapé inicial para a formação. Que histórias da cidade estão presentes em seus corredores, que homens e mulheres são apresentados nessa narrativa? De que forma explorar o museu com os/as estudantes da Educação Básica? Que estratégias metodológicas podemos planejar, para que o museu faça sentido e possa ser visto na sua relação de cultura, patrimônio e identidade local? O encontro não foi para apresentar uma “receita”, mas congregar experiências, socializando práticas de ensino e aprendizagens. Enquanto professores, precisamos conhecer para planejar, nessa perspectiva o museu também é um local de aprendizagem, ele conecta vidas, narrativas, informações, pesquisa e educação patrimonial. Esse encontro teve o apoio da Fundação Casa da Cultura de Marabá, do Museu Francisco Coelho, da Faculdade de História e de toda a equipe de guias/historiadores, estudantes da Unifesspa que fazem o diferencial no museu.
Entregue à sociedade Marabaense em agosto de 2020, o Museu Francisco Coelho, está localizado na velha Marabá, no antigo palacete Augusto Dias. Um espaço que vem nos últimos meses atraindo olhares, aplausos e admiração. Poucas cidades do Brasil desfrutam de um museu do porte que este foi concebido. O museu, tido por muitos como local de coisas velhas e objetos do passado, abre um leque de possibilidades para se trabalhar com o ensino em diferentes perspectivas e componentes curriculares. Espaço de memórias, onde são sistematizados elementos que caracterizam as pessoas da cidade, suas práticas culturais e sua relação com o patrimônio. Não podemos ver o museu como algo estático. Ele é movimento, é múltiplo e dinâmico. Mas também espaço de escolas, conflitos e poder. Estabelece com a cidade e seus moradores laços de afetividade, registros de ações que marcaram a trajetória da cidade. Como espaço de preservação e conservação documental, o museu precisa ser explorado, ser “lido”, problematizado, ele se abre para o ensino, para a conscientização e valorização patrimonial. Ele tem uma narrativa visual, representa um lugar de memória, uma história. Não é um local neutro, cada sala tem sua intenção, uma mensagem a ser repassada diante de seus objetos dispostos.
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