Oportunidades e novos modelos de Internacionalização para as universidades marcam palestras de abertura do III EIUNI

Com o objetivo de discutir a inovação da internacionalização e a presença da tecnologia na melhoria e no avanço da internacionalização em instituições de ensino e pesquisa brasileiras, teve início na manhã desta quarta-feira (21) o III Encontro de Internacionalização da Unifesspa. Organizado pela Assessoria de Relações Nacionais e Internacionais (Arni), o evento traz em sua programação diversas palestras e debates, com a participação de convidados externos, e segue até sexta-feira (23).

Uma mesa de honra marcou a abertura do encontro e contou com a presença da vice-reitora da Unifesspa, profa. Lucélia Cavalcante, do titular da Arni, prof. Diógenes Siqueira, além dos palestrantes convidados os professores Luciane Stallivieri (UFSC), Rossana de Souza (UnB) e Lúcio Botelho (UFSC), ex-reitor da UFSC com ampla atuação no tema.

Em sua apresentação, Botelho fez uma retrospectiva de pressupostos históricos do contexto de criação das primeiras universidades ao redor do mundo. O professor também compartilhou experiências do impacto da internalização na federal catarinense, traçando um panorama das fases que até sua consolidação como uma necessidade.

“A internacionalização não pode continuar vinculada somente às elites e grandes centros. Temos de fazê-la horizontalizada, com base em nossos potenciais”, afirmou o professor ao defender a criação de novos modelos de internacionalização, a exemplo dos intercâmbios virtuais que ganharam destaque mais recentemente durante a pandemia. Para isso, segundo Botelho, é necessário superar obstáculos de acesso e investir em oportunidades de cursos de idiomas.

Na sequência, Rossana de Souza proferiu a palestra “Oportunidades de internacionalização para as universidades brasileiras”. Doutora em comunicação, a pesquisadora é diretora-executiva do Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras, Grupo de Cooperação Internacional de Universidades Brasileiras, professora da Universidade de Brasília UnB, Consultora da Organização dos Estados Americanos (OEA) e membro da CONAES.

O objetivo foi fazer com que os participantes conheçam os desafios e oportunidades de internacionalização para as universidades brasileiras e desenvolvam habilidades essenciais para alcançá-las. Rossana destacou as principais atividades desempenhadas pelo Grupo de Cooperação Internacional de Universidades Brasileiras (GCUB), como os programas de mobilidade de graduação, programas de mobilidade de pós-graduação, seminários temáticos internacionais, missões internacionais e cursos de formação.

“A internacionalização é um dos parâmetros que têm sido mais cobrados para as universidades, podendo trazer mais parceiros e investidores que tanto necessitamos, haja vista esse cenário de cortes orçamentários. Durante esses três dias de eventos, nós temos grandes pesquisadores da área de internacionalização e nós esperamos sensibilizar a nossa comunidade para esse tema”, ressaltou Diógenes Siqueira.

Entre outras ações desenvolvidas pela Arni visando ampliar a presença da Unifesspa, dentro e fora do país, Diógenes destaca os convênios firmados com algumas universidades importantes, a exemplo do Instituto Politécnico de Bragança, que irá receber, em breve, quatro estudantes da Unifesspa para intercâmbio.

“Além disso, em parceria com a IAESTE, nossos alunos e servidores podem se cadastrar e fazer estágio em sua área de formação, em qualquer parte do mundo. Adicionalmente, temos participado de redes de colaboração para tentar expandir a visibilidade da Unifesspa não só pro Brasil, mas pro mundo também”, finaliza.