Estudantes do Pronera e gestão superior se reúnem com Incra para resolver impasse sobre auxílios
Na manhã desta terça-feira (20), a Administração Superior da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) se reuniu no Gabinete da Reitoria, em Marabá, com a representação discente do curso de Letras Língua Portuguesa, ofertado por meio do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), em São Félix do Xingu. Na pauta, as dificuldades que o curso vem enfrentando ao longo dos últimos anos com os cortes e os atrasos de recursos. Além dos representantes estudantis, participaram da reunião a vice-reitora, profa. Lucélia Cavalcante, a Pró-reitora de Administração, Marcelle Castro, e o chefe da Divisão de Planejamento e Desenvolvimento da Educação do Incra, Fabrício Souza e remotamente, a coordenadora administrativa do Pronera-Letras-Unifesspa, profa. Nayara Camargo.
O Pronera, do curso de Letras da Unifesspa, existe desde 2018, e é voltado a formação acadêmica de pessoas que moram no campo. O programa é uma parceria feita entre Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e a Unifesspa. O acordo previa que a instituição de ensino forneceria os profissionais para ministrar as aulas do curso e a estrutura de salas de aula, já o Incra custearia as bolsas para pagamento dos professores e as bolsas de ajuda de custo para os estudantes.
De acordo com a coordenadora, profa. Nayara, as 50 vagas do processo seletivo foram destinadas aos moradores do Instituto de Estudos do Xingu (IEX), campus de São Félix do Xingu. Ainda segundo a coordenadora, o pagamento das bolsas só foi realizado no primeiro ano do programa, estando em atraso os anos de 2019, 2020, 2021 e este ano, de 2022. Para a docente, sem os recursos, a permanência dos alunos fica comprometida. “Os alunos vieram assistir as aulas sem bolsa, assim como nós professores, coordenadores. A gente dá aula com a esperança de receber um dia. Em janeiro, os alunos vieram e, para que pudessem ficar e participar das aulas o mês inteiro, tivemos que pedir cestas básicas e receber alguns em nossas casas”, explica.
O discente e representante estudantil da turma, Emanuel Carlos, também relata um pouco do que vem acontecendo e como a turma tem feito para se manter no curso, mesmo sem recursos. “Éramos 50 alunos, hoje somos 39 e é um trabalho de corpo a corpo de nós estudantes, para contribuir com os colegas para continuar indo para a Universidade”.
Ao final da reunião, foi acordado que parte do valor referente aos anos anteriores será pago ainda esse ano, juntamente com o os valores de 2022, que apesar de estar liberado desde o início do ano, ainda não foi repassado ao programa. Com esse recebimento, os 39 alunos que ainda fazem parte do curso, vão ter os recursos necessários para a conclusão do curso, prevista para o ano que vem.
“Eu gostaria que vocês soubessem que a gestão é sensível à situação de vocês e que estaremos sempre acompanhando de perto a situação junto ao Incra. Vocês são parte da nossa comunidade acadêmica e vamos trabalhar ara que tenham seus direitos garantidos”, finalizou a vice-reitora.
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