I Seminário de História na Amazônia aborda relações de poder, narrativas e práticas culturais no território amazônico
Nos dias 7 e 8, ocorreu na Unidade III da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) o 1° Seminário de História na Amazônia: relações de poder, narrativas e práticas culturais. O evento parte do intuito de consolidar um espaço de discussões e reflexões acerca das múltiplas possibilidades que as narrativas, memórias e as relações de poder podem assumir, por meio de olhares e pesquisas que partam do território amazônico como objeto central. O evento organizado por professores pesquisadores do Curso de Licenciatura em História da Unifesspa, reuniu discentes da graduação e pós-graduação.
O seminário reuniu um grupo de historiadores que articulam e problematizam questões em torno do tempo presente e passado, além de práticas culturais, visando com isso aproximar diferentes pesquisas e suas leituras em torno da escrita da história. O evento contou com o apoio dos laboratórios de pesquisa: Núcleo de Estudos Inquisitoriais na Amazônia (Neiam), Laboratório de História Oral e Imagem (Labhori), além do apoio da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa).
A mesa de abertura foi formada pela comissão organizadora formada pelos professores Marcus Reis, Geovanni Cabral e Maria Clara Sampaio. Segundo o professor Geovanni Cabral o evento busca congregar pesquisas, não só aquelas que têm como norte a Amazônia, mas pesquisas que estão sendo produzidas na Amazônia. São encontrados trabalhos relacionados à inquisição no Grão Pará, trabalhos relacionados a fotografia do trabalho escravo e trabalhos que mostram a relação do modernismo do Pará com o restante do país.
O momento é essencial para entender todas as perspectivas de como a historiografia coloca a Amazônia. A discente participante do evento Gislaine Rodrigues falou sobre as discussões feitas. “ A partir das falas dos professores, que são professores renomados na área, vimos que toda construção a cerca da Amazônia é uma construção feita pelo outro, o outro que tenta caracterizar a Amazônia como algo sem vida, algo vazio ou extremamente selvagem. Então a gente com esse evento tenta desconstruir um pouco e falar um pouquinho sobre isso”, a estudante completou dizendo. “Trazer para dentro da Unifesspa, que é uma universidade tão nova, um seminário que é tão relevante para entender todas as perspectivas das questões amazônicas, das questões da história da nossa localidade é de extrema importância”, afirmou.
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