Na luta contra evasão, Unifesspa forma 80 novos profissionais, entre eles os primeiros jornalistas da instituição
“Eu sempre fui uma pessoa muito comunicativa desde criança. Minha mãe falava que não fui eu que escolhi o jornalismo, mas sim o jornalismo me escolheu”, conta Jussara Alves, estudante da primeira turma de Jornalismo formada pela Unifesspa no último dia 3, em Rondon do Pará. Jussara faz parte do grupo de 80 novos profissionais, das mais diversas áreas do conhecimento, que a Unifesspa devolveu à sociedade este mês.
São formados em Agronomia, Ciências Econômicas, Administração, Ciências Contábeis, Jornalismo, Geologia, Sistemas de Informação. Também são das Engenharias Civil, Computação, Materiais, Minas e Meio Ambiente, Elétrica, Mecânica, Química, além de licenciados em História e em Matemática. Todos estes aptos a contribuir para o desenvolvimento e melhoria da qualidade de vida de toda a região.
Moradora da cidade de Parauapebas, Jussara revela que o sonho de se tornar jornalista parecia distante. “Eu não sabia que tinha jornalismo aqui na região ou que tinha universidades federais fora de Marabá. Então Rondon de Pará foi uma grande descoberta na minha vida. Aqui me senti bem acolhida pela Unifesspa e pela cidade” declarou. Atualmente, Jussara mora e trabalha em Rondon do Pará, o que mostra que a fixação de profissionais capacitados nos locais de formação já é uma realidade graças à Unifesspa.
Para ela, as possibilidades de conhecimento e experiências na universidade não se resumiram às salas de aula. Durante a graduação, participou de projetos de pesquisa e extensão, que a ajudaram a ampliar horizontes e a encarar novos desafios. Agora ela é mestranda em comunicação e, para o futuro, deseja se tornar professora universitária. “O que a Unifesspa me ofereceu ao longo desses quatro anos eu espero, em breve, poder retribuir de alguma forma para a comunidade também”, declarou.
Quem também encerra ciclo na universidade já inserido no mercado de trabalho é o agora Engenheiro Mecânico, Yago Parise. “A universidade foi o marco do início da minha vida profissional, onde tive todo conhecimento teórico e uma alavancada nos conhecimentos práticos, tanto com aulas em laboratório quanto com os projetos de extensão. Destaco minhas experiências na Empresa Júnior, na Semana Acadêmica com as visitas técnicas às empresas e o estágio obrigatório me rendeu um emprego na minha área. Uma oportunidade ímpar para um recém-graduado, que só foi possível graças ao impacto que a Unifesspa tem na região”, disse.
Para o diretor-geral do IGE, prof. José Elisandro, "é motivo de muito orgulho e satisfação apresentar à sociedade novos profissionais das áreas de Engenharia, Geologia e Sistemas de Informação. Apesar das dificuldades impostas, sobretudo por conta da pandemia e das restrições orçamentárias, temos conseguido a partir do esforço de toda comunidade formar profissionais qualificados/as, éticos/as e socialmente responsáveis". Ainda de acordo com o diretor-adjunto, prof. Valdez Aragão, “os novos/as Engenheiros/as, Geólogos/as e Analistas de Sistemas transformarão para melhor a vida das pessoas e da nossa região contribuindo para o desenvolvimento econômico e social’.
Evasão no pós-pandemia - Os desafios da formação profissional numa região historicamente marcada por baixos índices sociais e educacionais foram agravados durante a pandemia de Covid-19, que ampliou ainda mais as desigualdades e a necessidade de esforços para evitar a evasão dos estudantes. De acordo a Diretora de Ensino da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (Proeg), Leila Aparecida, a série histórica do indicador de evasão na Unifesspa mostra um aumento no percentual em 2020, primeiro ano da pandemia, e um pico ainda maior em 2021.
“Em comparação com o ano de 2021, foi observado que em 2022 houve uma discreta redução no índice de evasão, que pode estar relacionada ao retorno às atividades presenciais”, explica. Para elaboração desse cálculo, utiliza-se o número de diplomados e matriculados no ano anterior, e o número de ingressantes e matriculados no ano corrente.
Com o objetivo de diagnosticar, analisar e propor metodologias de combate à evasão nos cursos de graduação da Unifesspa, a Proeg iniciou as discussões para a implementação do Programa "Diagnóstico, análise e propostas de estratégias de combate à evasão nos cursos de graduação da Unifesspa”. A proposição é desenvolvê-lo em sete etapas, que vão desde a aplicação de questionários, estimativas e análises dos dados coletados, até a implementação de metodologias de combate à evasão e desistência e sua posterior análise de eficiência.
Redes Sociais