Docentes da Unifesspa realizam pesquisa de campo para avaliar a qualidade da água do rio Tocantins
No último dia 16 de fevereiro, as professoras Andréa Hentz e Simone Simote Silva, navegaram o rio Tocantins em Marabá, com o objetivo de coletar amostras de água para a realização de análises microbiológicas e de resíduos orgânicos, caracterizando assim, a avaliação da qualidade das águas do rio Tocantins no período das cheias dos rios amazônicos.
Durante a pesquisa, as professoras observaram que as águas do rio Tocantins continuam comprometidas com a poluição apresentando resíduos sólidos, bem como uma grande quantidade de “espumas”, que são as “esponjas do cauxi”, características de áreas contaminadas com diversas substâncias de origem orgânica, inorgânica e metais pesados.
Com o nível das águas abaixo do esperado para esta época do ano, devido as mudanças climáticas em decorrência do "super El Niño”, o rio Tocantins em Marabá, encontra-se com 7 metros e 16 centímetros acima do nível normal, o que se descarta neste momento a possibilidade de enchentes, características dessa época do ano na cidade de Marabá.
No entanto, com o nível mais baixo da água, fica evidente a presença de contaminantes, como no caso das “esponjas do cauxi”, o que causa preocupação às pesquisadoras, uma vez que a comunidade ribeirinha continua fazendo uso dessas águas para as suas atividades diárias, bem como lazer.
Nos próximos dias, as pesquisadoras irão divulgar os resultados das análises das amostras de água coletadas hoje, e ações de conscientização à população serão realizadas, no âmbito dos projetos do Programa Nacional de Cooperação Acadêmica na Amazônia (PROCAD-AM) e do Programa de Desenvolvimento da Pós-Graduação (PDPG-AMAZÔNIA LEGAL).
Sobre o projeto
O sub-projeto ‘Degradação sociomabiental e vulnerabilidade dos moradores da Orla de Marabá’ atua desde 2006, no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Dinâmicas Territoriais da Unifesspa é coordenado pela professora Andréa Hentz e tem como objetivo discutir a importância do rio Tocantins para a comunidade ribeirinha da orla de Marabá (PA), analisando as dinâmicas socioambientais que vêm ocorrendo ao longo dos anos na formação territorial desse município, a fim de contribuir com algumas reflexões que possam colaborar para a consolidação de medidas de preservação, conservação e recuperação dessa microbacia, como também contribuir com reflexões voltadas para um planejamento ambiental que previna e evite a ocupação territorial desordenada em áreas impróprias, minimizando assim os problemas que afligem parte da população ribeirinha que faz uso de suas águas.
Por: Antônio Luiz Ferreira
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