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Projeto Confins realiza caminhografia urbana

  • Publicado: Terça, 19 de Novembro de 2024, 16h05
  • Última atualização em Terça, 19 de Novembro de 2024, 17h14
  • Acessos: 67

WhatsApp Image 2024 11 13 at 19.22.30Na última semana, de 11 a 14 de novembro, a Unifesspa recebeu pesquisadores e apoiadores do projeto Confins da América do Sul, para realização de diversas ações. O projeto é uma iniciativa colaborativa entre a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e a Universidad Nacional de la Patagonia San Juan Bosco, em Comodoro Rivadavia, na Argentina. Criado em fevereiro de 2023, o projeto é fruto da participação da professora Silvia Helena Cardoso em uma caminhografia urbana, prática que combina caminhada e cartografia.

As ações tiveram início na manhã do dia 11, com o Workshop “Caminhografia Urbana”, realizado no Instituto de Letras e Linguagens (ILLA), na Unidade III, campus de Marabá. Já à noite, o livro “Verbolário da Caminhografia Urbana”, foi lançado na Galeria Vitória Barros . A obra, organizada por Eduardo Rocha e Taís Beltrame dos Santos, reúne contribuições de 89 autores e pesquisadores, com verbos selecionados e que representam a caminhografia urbana. Entre os capítulos, destaca-se a participação da professora Silvia Helena Cardoso, autora do verbo “fotografar”. Nos dias 12, 13 e 14, aconteceram às caminhografias Orla e Bairros, Trilha ecológica na Aldeia Akrãtikatêjê e Observação da Velha Marabá a partir dos Rios Tocantins e Itacaíunas, respectivamente. 

O projeto tem como foco a valorização das culturas dos povos e comunidades tradicionais que habitam os diversos territórios da vasta imensidão do Brasil e da América do Sul, especialmente aqueles situados às margens de corpos hídricos. Esse conceito busca compreender a cidade sob uma perspectiva sensorial e subjetiva. O principal elo entre as cidades escolhidas, são os rios que as banham, como por exemplo, Marabá, no sudeste paraense, é banhada pelos rios Itacaiúnas e Tocantins; Comodoro Rivadavia, na Patagônia Argentina, pelo oceano Atlântico e Pelotas, no Rio Grande do Sul, fica às margens do Canal São Gonçalo e Arroio Pelotas. 

Para as ações, foram convidados a participar todos os alunos da Faculdade de Artes Visuais (Fav), além dos bolsistas que participam ativamente para construção dos materiais coletados. A pesquisa, financiada pelo CNPq e coordenada pelo Professor de Arquitetura e Urbanismo da Ufpel, Eduardo Rocha, terá duração de três anos, com a realização de workshops, caminhografias, exposições e publicações científicas que documentam e refletem sobre os saberes e experiências coletados nos territórios estudados.

Cada ação possui características únicas, de acordo com o local escolhido para a observação e cartografia. “O rio em Marabá desempenha um papel fundamental, pois está diretamente relacionado à temática das águas. Ele é entendido como um espaço líquido de grande importância, onde muitas pessoas encontram sustento e trabalho, como os pescadores, os ribeirinhos e todos aqueles em que a vida está ligada ao rio.”, reforça Silvia. 

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