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Laboratório da Unifesspa quer produzir aplicativos

Publicado: Terça, 16 de Agosto de 2016, 11h06 | Última atualização em Segunda, 13 de Fevereiro de 2017, 16h12 | Acessos: 3218

Publicado em www.correionews.com 16/06/2016 às 11h06

Diante de todos os desafios e obstáculos possíveis foi inaugurado no dia 8 de junho o Media Lab de Artes Visuais do Instituto de Linguística, Letras e Artes da Unifesspa, o segundo de uma rede que irá se estender por toda a América Latina. É o primeiro no Norte e região Amazônica. No dia da inauguração foi visível a expressão de muitos que provavelmente se perguntavam internamente: “Mas, por que aqui em Marabá?”

Segundo o professor Teófilo Augusto, coordenador do Media Lab/Unifesspa, ainda há muitos desafios de infraestrutura, como as constantes quedas de energia e o acesso à Internet para se pensar em planejar e montar um laboratório de inovação tecnológica, principalmente quando este tem como principal objeto de estudo e produção de mídias digitais interativas. “Mas é exatamente por isso que foi feito o investimento. Acreditamos que o Media Lab pode iniciar um ciclo de reflexão e produção dentro da Amazônia Oriental”, ressaltou.

Professor Teófilo explica que no Brasil existem diversos laboratórios de pesquisa em media, mas o modelo proposto para a Unifesspa traz o diferencial, pois segue o parâmetro proposto pela UFG por intermédio do professor Dr. Cleomar Rocha, que se destaca não apenas por já ser o maior Media Lab da América Latina e segundo das Américas, mas porque o intuito de desenvolver-se como laboratório multiusuário e interdisciplinar vai além dos limites do Estado de Goiás e da UFG.

Ele explica por que optou em ter um projeto em desenvolvimento de um laboratório digital como este na cidade de Marabá. “Trata-se de um laboratório de pesquisa em expressões artísticas, estética, cientificas e culturais que começam a nos cercar divulgadas em mídias cada vez mais presentes em nossas vidas, assim, cabe ao Media Lab pesquisar novas experiências de aplicativos de celular, repensar a forma como você vê televisão, ou acessa a internet, ou mesmo como você se relaciona com sua casa; ou, então, perceber, por meio de obras artísticas, sensações que comumente temos em automático, ou refletir sobre interfaces que estabelecemos entre os seres humanos e as coisas do mundo que os cercam”.

Essas pesquisas retornam para fora da universidade como produtos tais como sites de internet, materiais didáticos, revistas, obras de arte interativas, aplicativos de distribuição gratuita, entre outros cujo limite é apenas a imaginação.

Todos os Media Labs do mundo com certeza possuem como exemplo primário o Media Lab do MIT nos EUA, que hoje consegue diversas rendas com suas centenas de patentes, porém, tanto o tipo de investimento estatal como as regulamentações atuais do encaminhamento da pesquisa acadêmica e seus resultados impossibilitam que apenas um único laboratório, hospedado em uma única universidade, possibilite sequer igualar-se em volume de investimento. Contudo, diferentemente do Media Lab do MIT, os Media Labs da Rede (por enquanto apenas a Unifesspa e a UFG) agregam suas forças em experiência, capacidade reflexiva e conhecimento de suas equipes, além dos equipamentos, possibilitando que uma única pesquisa possa estar sendo realizada por diversos atores.

Professor Teófilo esclarece que o Media Lab da Unifesspa já havia sido pensado tanto por ele quando ingressou no concurso da universidade, quanto pelo professor Dr. Alexandre Santos Filho, que já idealizava um laboratório de experimentação em práticas eletrônicas e digitais e que assim já havia conseguido em negociação com a administração superior da universidade o equipamento inicial. “O passo seguinte foi a aproximação com o Media Lab da UFG e o inicio da nossa parceria, que não tenho dúvidas será selada com a futura assinatura de um convênio”, prevê.

SAIBA MAIS

Todas as atividades do Media Lab estarão pautadas em seis eixos sendo: Interação Homem x Computador, Comunicação Mediada por Computador, Música e Tecnologia, Arte Tecnológica, Sistemas de Computação Cognitiva, Tecnopsicologia e Psicotecnologia e Design de Interfaces Computacionais. 

(Divulgação)

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