Ir direto para menu de acessibilidade.

GTranslate

pten

Opções de acessibilidade

Início do conteúdo da página

Unifesspa: Pouco recurso não trava avanço

Publicado: Quinta, 22 de Fevereiro de 2018, 10h48 | Última atualização em Quinta, 22 de Fevereiro de 2018, 10h56 | Acessos: 4276

 

Veículo: images    Editoria: Cidades     Tipo: Matéria  

Data: Quinta, 20 de Fevereiro 2018 - 08:35    Assunto: Unifesspa 


correio

Apesar da diminuição nos recursos destinados à educação em todo o País, a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) vem conseguindo se estruturar, aumentando a quantidade de cursos e melhorando sua infraestrutura. Mas a luta para que isso ocorra tem sido árdua e o apoio da bancada paraense no Congresso Nacional é fundamental. Quem afirma é o reitor Maurílio de Abreu Monteiro, que inclusive viajou para Brasília (DF) esta semana em busca de recursos.

Segundo ele, o orçamento anual da Unifesspa (2017) foi de R$ 98 milhões, mas o ideal para as dimensões da recém-criada universidade (que completará cinco anos em junho) seria de pelo menos mais R$ 70 milhões, divididos em R$ 20 milhões para capital e R$ 50 milhões para custeio.

Maurílio explica que a nova universidade, cuja sede fica em Marabá (onde há três unidades), é dividida em cinco campi, com unidades em Rondon do Pará, Xinguara, São Félix do Xingu e Santana do Araguaia. Ou seja, a Unifesspa está presente do extremo do Xingu ao extremo do Araguaia, com “ensino superior de qualidade”, segundo afirmou Monteiro.

Quando iniciaram as atividades da Unifesspa – que foi desmembrada da Universidade Federal do Pará (UFPA) – havia pouco mais de 4 mil alunos matriculados em 16 cursos. Hoje são 5 mil alunos, devendo chegar a 6 mil até o final do ano, divididos em nada menos de 38 cursos, o que dá um aumento de 160% no número de graduações, sem contar com as pósgraduações que foram criadas nesses primeiros cinco anos.

E não é só isso. Quando se iniciaram as atividades, a instituição contava com apenas 16 mil m² de área construída e hoje conta com 24 mil m², mas a projeção é para que chegue ao final de 2018 com nada menos de 45 mil m². Nesse particular, se destaca o galpão de laboratórios, que dará suporte e infraestrutura para praticamente todos os cursos.

Quadro funcional

Outro crescimento tem se mostrado em relação ao número de servidores, sendo registrado aumento de 143 % em quantidade de professores e houve ainda aumento de 170% no número de técnicos. Segundo ele, esses números fazem da Unifesspa a universidade que mais cresceu proporcionalmente no País.

Ainda de acordo com ele, esses números representam melhoria na qualidade do ensino que é prestado aos universitários. “A gente está crescendo em professor pra atender estudante, em técnico para atender estudante e em área física pra atender estudante”, reafirma.

Maurílio acrescenta que mais um edital de concurso para técnicos deve ser publicado até o mês que vem. Serão entre 65 a 70 vagas, ao todo. Além disso, está em andamento um concurso para docentes com 56 vagas.

Emendas

Sobre a relação com a bancada paraense, Maurílio afirmou que a Unifesspa foi também a universidade que proporcionalmente conseguiu mais recursos de emenda parlamentar fora do orçamento. Segundo ele, isso se deve ao fato de que tanto a sociedade local quanto os parlamentares entenderam que a instituição “é um compromisso da nação”.

“Este ano, fundamentalmente, os nossos valores de investimento vão estar basicamente vinculados ao apoio que a banca parlamentar vai nos dar”, admite, explicando que esses recursos devem ser investidos no término dos empreendimentos em andamento e início de obras importantes, como a clínica veterinária em Xinguara e a modernização do prédio de Santana do Araguaia.

Estudantes dizem confiar na qualidade do ensino ofertado

Os estudantes – calouros e veteranos – que estudam na Unifesspa se mostraram confiantes quanto à instituição, mesmo compreendendo que as condições ainda não são as consideradas ideais em todos os cursos. Para o estudante Edivan Barros, que veio de uma comunidade quilombola no município de Baião e hoje está no segundo semestre de Ciências Econômicas, a Unifesspa é a porta de entrada para o mercado de trabalho. Na condição de bolsista, ele diz que tem mantido foco total na formação, pois sabe que terá pela frente muitos semestres de estudo.

Já a caloura de Letras Inglês, Letícia Fonseca de Sousa, que cursa o primeiro período, aponta que os alunos tiveram oportunidade de participar de um fórum para opinar sobre o curso, o que fez com que todos se sentissem mais partícipes do processo de formação. Além disso, ela observa que já está aprovada a renovação da grade curricular do curso.

Por sua vez, o veterano Pedro Henrique da Conceição Sousa, que está no sétimo período do curso de Sistema de Informação, se disse preocupado em saber se o conhecimento adquirido na universidade será suficiente para conseguir um emprego diante do atual mercado. “A gente sabe que o mercado de trabalho é bastante concorrido”, observa o estudante, acrescentando que a única saída é se dedicar à profissão e aproveitar todas as oportunidades.

Também veterano no sétimo período, mas do curso de Ciências Biológicas, Rafael Neves Pereira observou que por se tratar de uma graduação recente (ele é da primeira turma), o curso ainda carece de mais laboratórios assim como reagentes e outros equipamentos que seriam fundamentais nas aulas práticas. “Um país só cresce com ensino e pesquisa, então é necessário que o governo invista mais nisso”, afirma.

Universidade foi avaliada com conceito 5 pelo MEC

Perguntado sobre quais os indicativos que podem comprovar a melhoria na qualidade de ensino, para além no aumento de pessoal e de infraestrutura, o reitor Maurílio Monteiro informou que a Unifesspa – assim como várias outras do País – tem sido submetida a avaliações externas do Ministério da Educação (MEC), cuja avaliação é considera bem criteriosa.

E nessas pesquisas feitas pelo MEC, algumas áreas obtiveram conceito 5, que é a nota máxima, como é o caso de Artes Visuais, mas a maioria atingiu nota 4, inclusive nos campi fora de Marabá, o que revela o bom desempenho dos cursos.

Ainda de acordo com o reitor, o MEC submete a universidade a uma avaliação didático-pedagógica, uma checagem do corpo docente e também da infraestrutura da instituição, ouvindo os alunos sem a presença dos professores. Ou seja, de maneira independente. (Chagas Filho com informações de Josseli Carvalho)

registrado em:
Fim do conteúdo da página