A Unifesspa (Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará) e o IFPA (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará) assinaram na manhã desta segunda-feira (23) Acordo de Cooperação Técnica tendo em vista ações conjuntas que assegurem a realização de atividades de interesse das duas instituições. O Plano de Trabalho do acordo visa o desenvolvimento tecnológico regional, por meio de ensino, pesquisa e extensão. Num primeiro momento estão previstas um conjunto de ações envolvendo o IGE (Instituto de Geociências e Engenharia), pela Unifesspa; e o Campus Tecnológico e Marabá, pelo IFPA.
O IFPA, visando a melhoria na qualidade do ensino tecnológico na região, discutiu a ampliação da área de atuação e obteve recursos material, físico e humano para o Campus Avançado de Marabá, enquanto o IGE apresenta demandas de laboratórios e profissionais qualificados.A cooperação será dividida em etapas independentes, em níveis crescentes de inserção, que podem ser desde visitas técnicas às instituições, pesquisa, uso de equipamentos, espaço físico ou, até mesmo, aulas experimentais.
Esforço conjunto
Logo, o Acordo de Cooperação Técnica entre as duas instituições viabiliza estrutura comum para o desenvolvimento das atividades relacionadas a ensino, pesquisa e extensão, como gerador de conhecimentos na região. O aspecto relevante disso será a fixação de profissionais na região, além do desenvolvimento de tecnologias por esses mesmos profissionais.
Ao falar à plateia do auditório do Campus 1 da Unifesspa, formada pro acadêmico, professores e funcionários da universidade, o diretor-geral do IFPA – Campus Industrial de Marabá, Marcelo Edgar Maia, destacou que a assinatura do Acordo de Cooperação foi a culminância de eventos que já há algum tempo vêm acontecendo, por meio do esforço das duas instituições para se unirem oficialmente.
“Em verdade essa união, essa cooperação já existe informalmente, há alguns anos. Eu diria que não é uma coisa que precisa dar certo, pois vem dando certo, só precisava oficializar mesmo”, salientou Marcelo, acrescentando que, ao tornar oficial a parceria a tendência é ampliar essa cooperação, por meio da área de ensino, de graduação e até de pós-graduação.
Crescer junto
“Nós temos muito que crescer aqui na nossa região, as duas instituições são novas e estão crescendo. Então temos de crescer juntas. Ninguém cresce sozinho e, nós, que estamos já há algum tempo aqui em Marabá, sabemos que, quanto mais nos unirmos, mais vamos crescer”, enfatizou o diretor-geral do IFPA, reafirmando não ter dúvida de que isso vai acontecer “e, agora, de maneira bem mais rápida”.
O reitor do IFPA, Cláudio Alex Jorge da Rocha, em seu discurso, lembrou que a Unifesspa tem sido parceira constante do instituto, e que este precisa dessas oportunidades. Salientou que as instituições estão vivendo um declínio acentuado de investimentos públicos na Educação, o que impede, por exemplo, de fazer ampliações, “impactando as ações dos campi, principalmente do Campus Industrial, que está limitado num espaço físico, que, se fosse maior, já teria crescido muito mais”.
Cláudio Alex disse ainda esperar que essa relação com a Unifesspa continue cada vez mais estreita, a fim de que as duas instituições possam melhorar, se aperfeiçoar, ampliar o intercâmbio de professores e alunos das duas instituições e que o IFPA possa promover cursos de stricto senso, em parceria, sempre com foco no desenvolvimento da região.
Construindo uma Nação
“A gente acredita, todos nós acreditamos que é a Educação que vai transformar o mundo. A educação que nós oferecemos, tanto a universidade quanto os institutos, tem dentro do seu contexto não só o ensino, o que alavanca ainda mais esse desenvolvimento, afirmou o reitor, completando: “O nosso forte é a pesquisa, a extensão e a inovação”.
Maurílio Monteiro, reitor da Unifesspa, por seu turno, disse que será muito bom ter alunos do IFPA convivendo diuturnamente com os alunos da Unifesspa, porque essa convivência dá o sentido de ensino generalizado. “É muito importante essa integração”, reforçou ele.
O reitor discorreu ainda sobre as vantagens que encerra a Cooperação, para as duas instituições, se empolgou com mais essa parceria, dirigiu palavras de elogio ao colega Cláudio Alex e aos demais membros do corpo docente do IFPA, lembrando que, no início da cerimônia foi executado e cantado o Hino Nacional, e dizendo que aquilo não era uma mera formalidade, enfatizando: “Nós estamos aqui em nome de um projeto de Nação. Nós procuramos diminuir as assimetrias. Os alunos que estão aqui têm de ter as mesmas condições de um aluno de uma escola privada de São Paulo. Isso é o que constrói uma Nação”, assinalou, acrescentando que “para conseguir isso é preciso ser criativo”.
Simetria
“A simetria significa que nós tenhamos as condições iguais. Ou seja, melhor ensino, melhores laboratórios, melhor qualificação dos professores e integração para construir um projeto de Nação. E, nesse projeto de Nação, uma coisa é fundamental: a educação pública de qualidade. E o que nós estamos fazendo aqui é isso, um esforço criativo para obter, no projeto de Nação, viva, presente e crescente a perspectiva de diminuir as assimetrias com um ensino público de qualidade”, frisou Maurílio Monteiro.
Participaram ainda da cerimônia: Elias Fagury, pró-reitor de Ensino e Graduação da Unifesspa; Carlos Vinícius de Paes Santos, diretor substituto de Ensino do IFPA – Campus Industrial de Marabá; Riguel Feltrin Contente diretor de Pesquisa, Extensão, Pós-Graduação e Inovação Tecnológica do IFPA – Campus Industrial de Marabá; e José de Arimatéia Costa de Almeida, diretor do IGE da Unifesspa, além de representantes do Exército e outras autoridades.
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