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Ato Público em apoio à Unifesspa reúne centenas de pessoas no campus de Marabá

Publicado: Quarta, 18 de Setembro de 2019, 16h06 | Última atualização em Quarta, 18 de Setembro de 2019, 16h06 | Acessos: 1844

Veículo: Porta Canaã

Data: 13 de setembro de 2019

Link da Matéria: https://portalcanaa.com.br/site/para/unifesspa/ato-publico-em-apoio-a-unifesspa-reune-centenas-de-pessoas-no-campus-de-maraba/

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Num grande ato em defesa da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) a sociedade marabaense se uniu durante dezenas de manifestações artísticas e culturais realizadas durante todo o dia, nas três unidades do Campus Marabá.

Pela manhã, no Bloco Central da Unidade III, no bairro Cidade Jardim, a programação contou com a apresentação do Coral Unifesspa. Muito aplaudido e seguido pelas inúmeras pessoas presentes, o coral cantou três músicas emblemáticas “É preciso saber viver” da banda Titãs, “Caminhando e cantando” de Geraldo Vandré,  e “O trono do estudar” de Dani Black.

Houve ainda a apresentação da aluna do curso de Artes Visuais da Unifesspa Yane Lilázia Moreno que dançou carimbó ao som da música “Queimadas”. A dança regional Yaguara foi muito aplaudida e representa essa resistência por parte dos estudantes da instituição. Também se apresentou voluntariamente Liu Pocker, com a arte da dança de rua e a estudante Carol, com poesia.

À tarde, o ato prosseguiu com mais atividades na Unidade II, na Folha 17, com mais manifestações de apoio da comunidade e apresentações artísticas do poeta Trevo Pinheiro, Gabriel Bentes (voz e violão) e novamente apresentações de Meury e Zakai e Coral Unifesspa.

A grande manifestação continuou à noite, desta vez na Unidade I da Campus Marabá, na Folha 31. O público compareceu e prestigiou as apresentações de Rodrigues Silva, Cia de Dança Yaguara, Bertim di Carmelita, Letícia Portela, Lanara Moreira, Tom Gonçalves, além do Coral Unifesspa, que fez a abertura da programação noturna.

Desde o mês de maio, quando foi anunciado o primeiro corte, a Unifesspa vem enfrentando dificuldades para manter as atividades de ensino, pesquisa e extensão. O pró-reitor de Extensão e Assuntos Estudantis, Diego Rodrigues, falou sobre a importância do ato em defesa da Universidade pública, gratuita e de qualidade, tendo em vista que é um direito de todos, conforme garantido pela Constituição e lembrou que a Unifesspa tem contribuído muito com o desenvolvimento da nossa região.

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A aluna Bianca Werônica Sousa Barbosa, atual coordenadora-geral do Diretório Central dos Estudantes (DCE/Unifesspa) disse que toda a comunidade acadêmica vai lutar para que a Unifesspa não feche suas portas e ela acredita que esse momento difícil só vai fortalecer a todos.

O presidente do Sindicato dos Docentes da Unifesspa (SindUnifesspa), Rigler Aragão, destacou que o momento que a Unifesspa vive é crítico e perguntou: “Não só o patrimônio público está sendo atacado, mas a educação plural, democrática e diversa do nosso país. Precisamos continuar lutando pela educação pública, tendo em vista que 70% dos nossos alunos vêm das classes populares. Essa Universidade é nossa, vamos lutar por ela”, disse.

“Este ato diz muito da nossa existência porque estamos aqui para discutir quais caminhos queremos seguir. Precisamos fortalecer a nossa solidariedade. Estamos defendendo a democratização do acesso ao ensino público, gratuito e com menos desigualdades sociais”, pontuou a vice-reitora Idelma Santiago.

Para o aluno de Psicologia Fábio de França o ato público é de suma importância ao envolver alunos, professores e a sociedade civil organizada para defender um direito que é nosso – a educação. “Todos os dias nós estamos aqui lutando pela concretização dos nossos sonhos e vamos lutar até o fim”, completou.

Segundo a servidora da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação Eumar Coelho, o Ato Público é importante porque podemos mostrar à sociedade que a Unifesspa vive um momento crítico e delicado. “Muitas das nossas ações que foram pensadas para comunidade, deixarão de ser desenvolvidas. Ações que iriam beneficiar diretamente a nossa sociedade, deixaremos de realizar por causa dos recursos que não vieram, que estão contingenciados. Infelizmente”, lamentou a servidora.

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“Nós temos recebido diversas manifestações de apoio, entre eles dos vereadores, de deputados estaduais e federais, além de um senador. Inclusive já está marcada uma Audiência Pública na Câmara Municipal para o próximo dia 25 de setembro em defesa da nossa Unifesspa que está muito enraizada socialmente. Precisamos lembrar que já formamos mais de 2 mil profissionais e outras milhares estão se formando. Está claro que temos um grande apoio da sociedade civil porque temos cumprido o nosso papel e porque somos uma universidade com forte inserção regional que vem contribuindo muito com o desenvolvimento da região”, disse o reitor da Unifesspa Maurílio de Abreu Monteiro.

Ao final de cada uma das manifestações, foram erguidas uma faixa com os dizeres “Em defesa da Educação” reafirmando o apoio da comunidade acadêmica e da sociedade à Unifesspa e à educação pública, gratuita e de qualidade.

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