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CORREIO DE CARAJÁS: Projeto cicloviário para Marabá nasce na Unifesspa

Publicado: Quinta, 20 de Janeiro de 2022, 10h46 | Última atualização em Quinta, 20 de Janeiro de 2022, 10h46 | Acessos: 1010

 


           Até agora, Marabá só tem uma ciclofaixa, ao longo do perímetro urbano da BR-230

A turma de engenharia civil da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) desenvolveu projetos cicloviários para a cidade de Marabá. Neles estão inclusos projetos que incluem ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas. A proposta nasceu na disciplina de Engenharia de Tráfego, ministrada pelo professor Alan Borges, aos estudantes do 9º período, do semestre de 2021.2.

A finalidade da disciplina é aproximar os alunos dos desafios que vão enfrentar quando estiverem formados. “A cada período letivo nós abordamos uma temática dentro da ementa da disciplina. Neste período pandêmico, devido ao distanciamento social, aulas remotas e ausências de trabalho em campo, resolvi planejar algo que os discentes pudessem fazer, mesmo com todas as restrições”, explicou Alan Borges, destacando que os projetos cicloviários, do ponto de vista técnico, são menos complexos que os demais projetos viários.

Para o professor, o objetivo dos projetos é aplicar os conhecimentos teóricos relacionados a mobilidade urbana em projetos, simulando uma situação real, tendo como área de estudos a cidade de Marabá. A turma foi dividida em três grupos e cada grupo elaborou um projeto em três áreas diferentes da cidade. Entre os projetos apresentados na disciplina, o professor dá destaque ao que foi intitulado de “rota universitária” no qual liga a Unidade I a Unidade II da Unifesspa, passando pelas principais vias do núcleo Nova Marabá. Essa proposta conta com uma estrutura de pouco mais de três quilômetros.

Implementação do projeto

Para elaboração e implantação de um projeto cicloviário vários fatores devem ser levados em consideração, entre eles estão: as demandas de usuários; topografia favorável (terrenos mais planos); ligação entre Polos Geradores de Viagens – PGV’s (supermercados, shoppings, lojas, hospitais, escolas, universidades); implantação de bicicletários para estacionar as bicicletas; integração com outros modos de transportes e infraestrutura adequada proporcionando máxima segurança aos usuários.

Caso o projeto fosse implantado, iria beneficiar principalmente os estudantes que mantêm uma dinâmica de viagens entre a Unidade I e a Unidade II da Unifesspa, e também todas as pessoas que moram no entorno desses dois grandes PGV’s. “De maneira geral, a bicicleta de forma direta e indireta, como meio de transporte sustentável, econômico e eficiente pode trazer benefícios que englobam a diminuição da emissão de carbono na atmosfera, dependendo das condições de infraestrutura pode proporcionar a facilidade de locomoção em pequenos, médios e grandes centros. E acima de tudo, fornece hábitos saudáveis na busca por uma melhor qualidade de vida e combate ao sedentarismo”, relata o docente.

Além do projeto cicloviário informado nesta matéria, que está disponível aqui, no final do ano passado (2021) o aluno Jairo Sales Mesquita defendeu o TCC sobre o uso de bicicletas em Marabá, com uma proposta de rota cicloviária para toda a cidade. O trabalho está disponível aqui.

Transporte sustentável

O uso de bicicletas em vários lugares do mundo se intensificou durante o período pandêmico. De acordo com Alan Borges, se trata de um transporte muito importante devido aos seus vários benefícios, principalmente por ser sustentável e trazer qualidade de vida para os usuários, assim deve ser considerado tão importante quanto aos demais modos. “A própria Lei de mobilidade urbana, Lei 12.587/2012 deixa claro que os modos de transporte não motorizados devem ser priorizados, por isso é importante essa abordagem durante as disciplinas da área de Transporte, pois nossos (as) futuros (as) profissionais precisam ter essa visão ampla da importância da mobilidade urbana para a sociedade”, informou. (Fonte: Unifesspa)

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