O município de Marabá fechou o mês de fevereiro de 2022 com a inflação em alta de 0,42%. Os grupos de despesas que mais contribuíram positivamente para este resultado foram, respectivamente: I) transportes, com a variação de 16,86%, contribuindo com 1,46 pontos percentuais no resultado final, resultando no acumulado anual de 11,18% (em apenas 2 meses); II) seguido por artigos de residência, com a variação mensal de 10,42%, contribuindo com 0,62 pontos percentuais no resultado final do índice, fechando fevereiro com acumulado de 4,72; III) Alimentação e bebidas, variando 2,27% em relação ao mês anterior, contribuindo positivamente no resultado final em 0,98 pontos percentuais e com acumulado anual de 3,67%.

A lista segue com: IV) Despesas pessoais, com variação mensal de 2,04%, contribuindo com 0,11 pontos percentuais no resultado do índice e acumulando a variação de 4,04% e V) Educação, variando 1,43%, contribuindo 0,02% no índice final e acumulando uma variação de 9,67% (segundo maior acumulado do ano).

Os números constam no Boletim Informativo do Informe Técnico referente ao IPC de fevereiro de 2022, medido pelo Laboratório de Inflação e Custo de Vida de Marabá (LAINC/MBA), da Faculdade de Ciências Econômicas (FACE) da Unifesspa.

No que se refere aos grupos com maiores quedas, temos, respectivamente: I) Saúde e cuidados pessoais, com variação de -12,82%, contribuindo com -1,23 pontos percentuais no total do índice e fechando fevereiro com -11,20% no acumulado do ano; II) Vestuário, sofreu uma queda de -12,56% com relação ao mês anterior, contribuindo com -1,22% do total e com acumulado de -12,98%; III) e por fim Habitação, com variação de -2,46%, contribuindo com -0,33 pontos percentuais no índice geral.

Os grupos que sofreram variações positivas foram: Transporte (16,86%), Artigo de residência (10,42%), Alimentação e bebidas (2,27%), Despesas pessoais (2,04%), Educação (0,35%) e Comunicação (0,35%). Já os grupos que sofreram variações negativas, sendo eles Saúde e cuidados pessoais (-12,82%), Vestuário (-12,56%) e Habitação (2,46%).

Já sobre a evolução do índice de preços de Marabá ao longo dos últimos 12 meses, de março de 2021 a fevereiro de 2022, o acumulado desse período foi de 11,75 pontos percentuais. Tomando como referência a linha de tendência, os resultados parecem otimistas, visto que aponta para uma possível estabilização inflacionária, pelos menos era o que esperávamos, antes dos atuais conflitos na Europa.

“Cabe destacar que 2021 foi marcado por uma alta histórica no aumento dos combustíveis, o que impacta diretamente em quase todos os itens da cesta de consumo, visto que a região é muito dependente das importações. Aumentos no frete se dilui por praticamente todos os produtos do município. E ao que tudo indica, essa tendencia de alta irá persistir em 2022, podendo ser semelhante, se não pior, que o ano anterior, visto que agora existem ‘motivos plausíveis’ para o aumento dos preços dos combustíveis”, diz o informe.

E o Lainc emite outra análise em seu documento: “Certamente, a população de Marabá deve centrar esforços no sentido de maior controle do orçamento familiar, se se considera que o impacto da insensata Guerra na Ucrânia será fenomenal, para não dizer sinistro no mês de março. A expectativa é de explosão nos preços dos bens essenciais, dado o comportamento agressivo do preço dos insumos, em particular com a tendência de elevação dos preços do diesel, fator determinante nos custos do setor produtivo. E, novamente, um forte impacto em função de choques na oferta pelo desmantelo na esfera da produção”. (Da Redação)