“Diante deste cenário, viemos expressar nosso repúdio a tal ação que torna inviável nossas atividades de ensino, pesquisa, extensão, manutenção e outras ações do Plano de Gestão Orçamentária, Resolução n. 63, de 11 de janeiro de 2022, aprovada pelo Conselho Superior de Administração (Consad)”, afirma a instituição, em nota assinada pelo reitor, Francisco Ribeiro da Costa, e pela vice-reitora, Lucélia Cardoso Cavalcante.
De acordo com a Unifesspa, desde 2019 houve redução nominal de mais de 20% do orçamento de custeio da Universidade, de 40% no de investimento e uma inflação de 18,89% no período. “O bloqueio que se apresenta agora nos impacta de modo substancial, acarretando prejuízos e impondo sérios limites ao nosso funcionamento. Tem sido desafiador para a Unifesspa manter-se com qualidade com as reiteradas restrições dos últimos anos, peculiarmente no momento em que busca se firmar e se consolidar, às vésperas de sua primeira década como instituição com autonomia administrativa”.
Na manifestação, a Instituição afirma ainda que tem resistido a medidas como estas, inclusive fortalecendo e consolidando parcerias como alternativas para viabilizar a execução de projetos. “Entretanto, elas se mostram insuficientes para a manutenção integral da Instituição em seus diferentes campi e linhas de atuação”, ressalta. “A gestão da Unifesspa informa que já avalia medidas cabíveis que precisarão ser tomadas para assegurar o seu pleno funcionamento, sobretudo em relação a auxílios estudantis, restaurante universitário e serviços essenciais. É o momento de continuar resistindo a esses inaceitáveis bloqueios que afetam diretamente as áreas da Saúde, Ciência e Educação. A Unifesspa se une às demais instituições na contestação deste nefasto bloqueio orçamentário!”.
UFPA
Ainda na sexta-feira, a UFPA informou que o bloqueio afetaria 14,54% dos recursos de custeio, o que "equivaleria à perda de R$ 28 milhões de um orçamento que já é R$ 10 milhões menor do que o de 2019, contra uma inflação de 18,89% no período". Ainda conforme a instituição, desta maneira, esta "condição de financiamento que já era crítica torna-se, neste momento, absolutamente insustentável".
A nota reforça ainda que ao contingenciamento nos orçamentos das Universidades, também "soma-se o bloqueio de cerca de R$ 3 bilhões das verbas destinadas à ciência, incluindo recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) que, por lei, devem ser aplicados exclusivamente no financiamento da pesquisa científica e tecnológica no país". A redução atinge diretamente as produções científicas, projetos de extensão, manutenção e assistência estudantil para alunos de baixa renda.
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